Os ambientes educacionais precisam se moldar a nova era de estudantes gradativamente mais presente neste âmbito. Leia para saber mais!
Durante muito tempo, as universidades foram consideradas um lugar frequentado somente pela elite. Recentemente, esta situação acabou mudando. As universidades abriram as suas portas e estão muito mais acessíveis a toda uma população nova de estudantes. Essa nova geração está adentrando os cursos de educação superior cada vez mais.
Com o surgimento da Educação a Distância, novas dinâmicas e possibilidades surgiram para quem está à procura de qualificação, um diploma superior ou apenas conhecimento. Essa quebra de paradigmas, aliada a fatores externos provocados pela globalização, pelo aumento considerável da expectativa de vida, dentre outros fatores provocou mudanças no perfil do estudante da educação superior.
Segundo o relatório da OCDE, Envisioning Pathways to 2030, de 2015, estima-se que em 2030 aproximadamente 137 milhões de estudantes com mais de 24 anos irão ingressar nas universidades. Tudo isso por conta do aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população, mudando mais o perfil dos estudantes do ensino superior no Brasil. A diversidade etária vai exigir das instituições modelos e abordagens criativas para atender perfis de alunos “não tradicionais”, ou seja, que não são formados por jovens que acabaram de sair do ensino médio.
Se antes a educação superior era dominada por jovens egressos do ensino médio e distantes do mercado de trabalho, hoje existe um grande número de estudantes não tradicionais querendo retomar os estudos, se especializar e se destacar em cursos de graduação e pós-graduação. Esta nova geração tem características próprias e necessidades específicas e, por este motivo, as universidades e os professores precisam estar preparados para dar um retorno real para este novo público que está presente em todo o mundo.
De uns anos pra cá, cada vez mais a categoria de estudantes não tradicionais vem aumentando no território brasileiro. Geralmente, esses estudantes são: mais velhos, possuem necessidades educativas especiais, são mulheres, os primeiros das suas famílias a vir para o ensino superior, estudantes de classe trabalhadora ou pertencentes a minorias culturais. Apesar destes estudantes muitas vezes terem uma vasta experiência, também têm alguma dificuldade em se adaptarem às abordagens do ensino aprendizagem. Além disso, as suas atitudes frente à aprendizagem e seus problemas não são necessariamente os mesmos dos estudantes tradicionais.
Neste panorama, os desafios e riscos são constantes para todos os lados. Por este motivo, tanto as universidades quanto professores e os próprios estudantes precisam dialogar para encontrar a melhor forma de chegar a um consenso acerca da pergunta: Qual é a universidade que nós queremos?
Os alunos não tradicionais não enxergam muito valor para as instalações físicas do campus. A maioria ingressa na universidade devido aos programas on-line. Então, é preciso analisar o quanto investir em um campus físico versus campus virtual. Obriga as instituições a pensarem com cuidado: devo levantar dinheiro para construir um novo polo ou investir nas carreiras virtuais e tecnologias?
É importante ressaltar que estes questionamentos não valem apenas para universidades públicas, mas também para universidades particulares, que formam, todos os anos, a maior parte dos concluintes universitários do país. Envolver a comunidade acadêmica na busca por soluções reais e criativas que visem transformar a universidade num verdadeiro polo de conhecimento com o objetivo de beneficiar e transformar a sociedade é o primeiro passo para a inovação na Educação Superior.
E a sua IES, já está preparada para a transformação digital e educacional?
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