A biblioteconomia é uma disciplina que vai muito além da gestão de bibliotecas: saiba tudo o que ela pode oferecer à sua instituição. 

  1. O que é bibliotecologia e qual sua diferença em relação à biblioteconomia?
  2. Biblioteconomia antes da era digital
  3. A revolução digital e seu impacto na biblioteconomia
  4. Como as universidades podem tirar melhor proveito da biblioteconomia digital
    4.1. Fortalecer o papel do bibliotecário
    4.2. Abraçar novas ferramentas e tecnologias 
    4.3. Tomar decisões com base em dados: análises e métricas
    4.4. Criar uma cultura institucional de aproveitamento da biblioteca virtual
  5. Biblioteca Virtual da Pearson: sua ferramenta com todo o apoio da biblioteconomia

Desde sua criação, a biblioteconomia é uma disciplina dedicada à gestão, à conservação e à disseminação do conhecimento, mas não é estática; as bibliotecas evoluíram ao longo dos séculos, adaptando-se às novas necessidades da sociedade. Com o advento da era digital, estamos diante de um paradigma completamente disruptivo que mudou para sempre a forma como colocamos a informação a serviço das pessoas. 

Não é novidade que a tecnologia transformou a maneira como acessamos e consumimos informação no dia a dia, mas também teve um impacto profundo nos acervos acadêmicos e nos contextos universitário e de pesquisa. As bibliotecas tradicionais, aqueles prédios cheios de prateleiras e livros físicos que nos parecem cada vez mais vintage, agora têm seus “gêmeos digitais” além das paredes físicas, e que muitas vezes são mais extensos, práticos e fáceis de gerenciar. 

Recursos eletrônicos, revistas on-line e e-books se tornaram a regra e não são mais exceção, e isso impõe muitos desafios para as instituições de ensino. Felizmente, a biblioteconomia moderna está aqui para nos ajudar a lidar com eles com sucesso. Acompanhe!

O que é bibliotecologia e qual sua diferença em relação à biblioteconomia?

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Bibliotecologia e biblioteconomia são dois termos que pertencem ao mundo dos bibliotecários e, embora muitas vezes sejam usados de modo intercambiável, têm nuances distintas em sua definição e sua abordagem. 

Segundo a Real Academia Espanhola a bibliotecologia é “a disciplina responsável pela conservação, organização e administração das bibliotecas”. Essa ciência tem como foco o estudo e a gestão da organização da informação, seja em formato físico ou digital. Seu escopo vai desde a administração de bibliotecas tradicionais até a gestão da informação em espaços digitais, como sites. A bibliotecologia examina como a informação se comporta, como é processada e como é comunicada local e globalmente. 

Manuel Carrión, um dos mais importantes bibliógrafos da América Latina, define biblioteconomia como a técnica relacionada às bibliotecas, enquanto a bibliotecologia seria a ciência. A biblioteconomia se concentra mais nos aspectos normativos e gerais da gestão da informação, enquanto a bibliotecologia tem uma abordagem mais descritiva e histórica, incluindo a biblioteconomia on-line. 

Ambas as disciplinas estão subordinadas à ciência da informação e das formas de documentação ou comunicação do conhecimento. Um bibliotecário, como especialista em ciência da informação, tem responsabilidades que vão além de simplesmente gerenciar livros em uma biblioteca.  

Trata-se de ser um guardião do conhecimento, garantindo que a informação esteja disponível para quem a procura e adaptando-se constantemente às novas tecnologias e aos novos métodos de acesso à informação. 

Alguns dos principais conhecimentos que qualquer profissional desse ramo deve ter incluem:  

  • Organização da informação.  
  • Metodologias de pesquisa.
  • Gestão de coleções.
  • História da cultura escrita.
  • Gestão da informação e automação.
  • Pesquisa documental.
  • Idiomas de catalogação e acesso à informação.
  • Teoria geral de sistemas.
  • Sistemas de classificação e homologação.  
  • Bancos de dados.

Todo esse conhecimento faz que a figura do bibliotecário não seja fundamental apenas nas universidades; seu campo de atuação estende-se a organizações sociais, culturais, educacionais, científicas e de comunicação nas esferas privada, governamental e internacional. Suas responsabilidades incluem a atualização de bibliotecas, o gerenciamento de transferências remotas de informações e a realização de pesquisas documentais. 

Biblioteconomia antes da era digital

A biblioteconomia, como disciplina, está enraizada na necessidade de gerenciar o máximo de conhecimento possível em um só lugar, o que foi enfrentado pelas primeiras bibliotecas da Antiguidade, como a Biblioteca de Alexandria, no Egito. 

Essas bibliotecas primitivas não possuíam bancos de dados digitais como os de hoje, mas armazenavam rolos de papiro e tabuletas de argila em enormes prateleiras e, apesar da dificuldade de gerenciar e manusear informações nesses formatos ao mesmo tempo tão pesados e frágeis, deram origem ao estabelecimento de alguns dos mais importantes centros de aprendizado e debate da história. Os bibliotecários da época eram estudiosos multifacetados que catalogavam, preservavam e transmitiam conhecimento a alguns poucos integrantes das elites da sociedade. 

A invenção da imprensa por Johannes Gutenberg no século XV revolucionou a biblioteconomia. A produção em massa de livros tornou o conhecimento mais acessível e, assim, uma população majoritariamente analfabeta passou a se converter em uma população alfabetizada. As bibliotecas começaram a proliferar por toda a Europa e até começaram a deixar de ser privilégio exclusivo das universidades ou dos mosteiros. O desafio de organizar e catalogar um número crescente de volumes levou ao desenvolvimento de sistemas de classificação mais sofisticados, como os de registros bibliográficos. 

Com o advento das universidades, a Revolução Industrial e a expansão do ensino nos séculos XIX e XX, a biblioteconomia profissionalizou-se de acordo com as novas exigências da modernidade. As primeiras escolas de biblioteconomia surgiram para treinar bibliotecários em técnicas de catalogação, preservação e gestão. Apesar disso, o modelo tradicional de bibliotecas não deixou de apresentar desafios com o crescimento exponencial do conhecimento. A necessidade de espaço, a conservação de materiais e a dificuldade de manter os acervos atualizados eram obstáculos constantes.

A revolução digital e seu impacto na biblioteconomia

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O final do século XX e o início do XXI viram uma transformação sem precedentes na biblioteconomia por conta da revolução digital e da internet. À medida que as bibliotecas começaram a digitalizar seus acervos, foi necessário criar bases de dados eletrônicas e catálogos on-line que também foram homologados para que pudessem compartilhar informações por meio da World Wide Web. Com essa mudança de paradigma que se consolidou no intervalo de apenas uma década, os bibliotecários tiveram que se adaptar rapidamente a essas novas tecnologias, adquirindo habilidades sólidas em ciência da computação e gerenciamento de banco de dados. 

Por outro lado, a digitalização de textos e documentos tornou imensos acervos disponíveis hoje para milhares de acadêmicos e pesquisadores com o clique de um botão. As bibliotecas de tecnologia surgiram como espaços sem fronteiras, nos quais estudantes e acadêmicos poderiam acessar recursos de qualquer lugar do mundo. Essa revolução não apenas ampliou o acesso, mas democratizou a informação e deu um impulso considerável à educação e à economia de muitas regiões.  

Como as universidades podem tirar melhor proveito da biblioteconomia digital

A biblioteconomia universitária é uma disciplina que oferece imensas oportunidades para sua universidade se tornar mais competitiva. Sua missão não é apenas preservar o conhecimento, mas dinamizá-lo, enriquecê-lo e colocá-lo a serviço da sociedade para a construção de um futuro educacional mais inclusivo, colaborativo e aberto. 

Ao integrar bibliotecas virtuais com plataformas de e-learning, é possível criar ambientes ricos em recursos e ferramentas interativas. Entre outras coisas, a colaboração interdisciplinar é facilitada pelo acesso compartilhado a coleções digitais, e a pesquisa se beneficia da disponibilidade imediata de publicações e dados. Algumas maneiras de aprimorar esses benefícios da biblioteconomia em sua instituição incluem:  

1. Fortalecer o papel do bibliotecário

Longe de se tornar obsoleto, o papel do bibliotecário tornou-se muito mais importante no contexto da biblioteconomia moderna. Esses profissionais orientam as instituições em sua jornada pelo vasto mundo da informação digital, fornecem treinamento e alfabetização informacional, fazem curadoria de coleções digitais e garantem que as leis e diretrizes de direitos autorais e licenciamento não sejam violadas. 

Os bibliotecários de sua instituição, sejam eles egressos de cursos como bibliotecologia e gestão da informação ou de um bacharelado em biblioteconomia, devem ser versáteis e entender como colaborar com outras instituições, integrar tecnologia de ponta e, geralmente, garantir que sua biblioteca permaneça relevante em uma época em que seus alunos, professores e pesquisadores podem encontrar praticamente qualquer coisa na internet.  

2. Abraçar novas ferramentas e tecnologias  

No mundo da biblioteconomia atual, a tecnologia disponível vai muito além das tradicionais bases de dados e acervos em formato digital. Embora a possibilidade de pesquisar volumes nos computadores da rede interna da biblioteca tenha representado um divisor de águas para a experiência do usuário, hoje as melhores instituições superam muito essa expectativa com tecnologias como:

  • Bibliotecas virtuais multiplataforma que são constantemente atualizadas e possuem funcionalidades de gerenciamento de usuários.
  • Sistemas de gestão de bibliotecas que facilitam e automatizam a organização e a gestão de acervos.
  • Repositórios digitais que promovem a disseminação de pesquisas entre diferentes instituições.
  • Ferramentas avançadas de digitalização, como escâneres especializados e softwares com tecnologias OCR (optical character recognition, ou reconhecimento óptico de caracteres), para migrar coleções físicas a formatos virtuais.
  • Aplicativos que ajudam a organizar e citar fontes e a realizar pesquisas bibliográficas mais confiáveis e ágeis.  

Além de tudo isso, para melhorar o atendimento ao cliente e responder a consultas frequentes, muitas instituições estão implementando chatbots e assistentes virtuais baseados em inteligência artificial (IA) em sua gestão de bibliotecas.  

3. Tomar decisões com base em dados: análises e métricas

As ferramentas de análise permitem às bibliotecas que coletem e analisem dados sobre como seus recursos e serviços estão sendo usados, o que ajuda a tomar decisões mais bem informadas sobre aquisições, programação e design de serviços. Por exemplo, a plataforma de uma biblioteca virtual deve ser capaz de coletar todos os dados gerados pela atividade dos usuários e convertê-los em informações úteis para a instituição. 

Alguns dos principais KPIs (key performance indicators, ou indicadores-chave de desempenho) ou métricas são usuários ativos, novos usuários, o número de acessos e downloads, o tempo de permanência, o nível de interação com ferramentas de estudo, a velocidade e relevância das buscas, entre outros. 

Tudo isso serve para medir o nível de engajamento de sua biblioteca, identificar aspectos ou problemas técnicos que precisam ser melhorados e verificar se você está efetivamente investindo em gestão da informação que leva sua comunidade acadêmica a atingir os objetivos mais rapidamente e a ser mais competitiva.  

4. Criar uma cultura institucional de aproveitamento da biblioteca virtual

O potencial da biblioteconomia só é concretizado de maneira plena quando ela está conscientemente integrada à cultura institucional, por isso é essencial que a comunidade universitária esteja sempre motivada a aproveitar ao máximo sua biblioteca. 

Isso envolve a realização de campanhas regulares para informar a comunidade acadêmica sobre as vantagens e os recursos disponíveis, o convite aos usuários para um feedback, bem como o reconhecimento e a recompensação de professores e alunos que fazem uso inovador e eficaz da biblioteca em suas atividades acadêmicas.

Biblioteca Virtual da Pearson: sua ferramenta com todo o apoio da biblioteconomia

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Uma ótima maneira de demonstrar o compromisso de sua universidade com a atualização e o gerenciamento de informações de alto nível é integrar a Biblioteca Virtual Pearson, uma plataforma robusta que combina o melhor da tecnologia com os princípios fundamentais da biblioteconomia digital.  

Dê à sua comunidade acadêmica as melhores ferramentas com:

  • Acesso multiplataforma a uma vasta coleção de recursos em diversas áreas do conhecimento.
  • Integração total com suas plataformas LMS (learning management system, ou sistema. de gestão de aprendizagem) e sistema de gerenciamento de usuários.
  • Atualização de volumes e aquisição constante de novos materiais.
  • Funcionalidades que facilitam o estudo e agilizam a pesquisa.  
  • Ferramentas interativas.  
  • Ferramentas avançadas de análise.

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Referências

CARRIÓN, M. Diccionario a dos voces. Bibliotecología / Biblioteconomía. Mi Biblioteca, año VIII, n. 31. Gredos. 2012. Disponível em: https://gredos.usal.es/bitstream/handle/10366/144820/MB3_N31_P73.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 20 nov. 2023.  

 

 

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