7 características de uma universidade inovadora

CiA universidade inovadora é um dos motores mais importantes do desenvolvimento social dos estudantes. Saiba como garantir que sua instituição seja uma. 

1. O que exatamente é inovação universitária?
2. 7 características de uma universidade inovadora
   2.1. Existência de uma verdadeira cultura universitária
   2.2. Promoção da pesquisa
   2.3. Adaptação de seus planos curriculares ao futuro  
   2.4. Oferecimento de uma visão humanista
   2.5. Capacitação constante de seus professores
   2.6. Aproveitamento da aprendizagem baseada em projetos + flexibilidade curricular
   2.7. Investimento em tecnologia e viabilização de novas metodologias

Muitas instituições de ensino superior podem alegar ter programas de estudo de alta qualidade, mas muito poucas têm como realmente afirmar ser uma universidade inovadora. 

A inovação universitária é um conceito muito amplo e complexo, pois aglutina diferentes critérios e objetivos que transcendem a própria instituição e que visam construir uma sociedade mais desenvolvida, equitativa e justa.  

Além de ter a melhor tecnologia disponível para o ensino, exige uma mentalidade de crescimento permanente e a vontade de colocar constantemente as melhores ferramentas a serviço da comunidade e de seus desafios mais prementes. 

Hoje vamos rever uma lista dos principais diferenciais que as universidades inovadoras têm. Como você pode observar, muitas das ações estratégicas para a inovação podem começar a ser implementadas com alguns ajustes nos planos acadêmicos e com investimentos acessíveis em tecnologia digital.

O que exatamente é inovação universitária?

O conceito de “inovação” refere-se ao ato de modificar ou alterar objetos ou processos já existentes para melhor cumprir sua função ou ampliar suas aplicações.  

Em outras palavras, inovar significa aproveitar o que está disponível para criar recursos ainda melhores. Por sua natureza, a inovação está sempre mudando e evoluindo, pois responde às demandas de um ambiente que também está em constante mudança. 

A inovação educacional, portanto, aponta para a busca constante de criar ferramentas de ensino cada vez melhores, que se adaptem às necessidades e aos objetivos de vida dos alunos.  

7 características de uma universidade inovadora

No contexto universitário, a inovação adquire uma segunda dimensão igualmente importante, pois não se trata mais apenas de ensinar melhor, mas de aplicar esse conhecimento para criar soluções novas e mais eficientes a problemas reais fora do contexto acadêmico. 

A seguir, são características que normalmente podemos encontrar em universidades inovadoras:

1. Existência de uma verdadeira cultura universitária  

Quando alunos, professores e equipe administrativa veem o ensino superior como um mero processo acadêmico ou simplesmente como um meio para obter melhores rendimentos, não tem como haver motivação genuína para inovar. 

Paradoxalmente, a cultura universitária se destaca por sua ausência em muitas instituições de ensino superior e tem sido substituída por uma cultura corporativista ou burocrática. Por isso, o primeiro passo para a inovação não é investir em mais tecnologia ou modernizar as salas de aula, mas rever a mentalidade institucional e certificar-se de que está realmente a serviço do amor ao conhecimento e da responsabilidade social.  

Algumas das características da cultura universitária são as seguintes:

• Forma-se uma sólida rede de apoio e confiança entre alunos, professores, pesquisadores e funcionários da universidade.
• Cada indivíduo reconhece e honra sua responsabilidade com a universidade e a sociedade a partir do pensamento crítico.
• Há um forte sentimento de pertencimento à comunidade universitária e de transcendência no trabalho acadêmico.
• As realizações de estudantes e pesquisadores são visíveis, divulgadas e celebradas.
• Sempre são buscadas formas de colocar o conhecimento adquirido a serviço da comunidade.
• Busca-se fortalecer as habilidades sociais e interpessoais com a mesma ênfase das habilidades acadêmicas.  

2. Promoção da pesquisa  

Infelizmente, é muito comum que os programas universitários se limitem a ensinar o conhecimento “padrão” de cada disciplina, e o esforço para expandir esse conhecimento é completamente negligenciado.  

Nesse sentido, a pesquisa não vai apenas buscar as mesmas informações que o professor já possui, mas também ampliar ao máximo nossos horizontes para a descoberta de outras formas de abordar os problemas-chave em nossa área de estudo. 

Graças a pesquisas atualizadas e comprometidas, podemos descobrir como os outros estão inovando, e isso estabelece as bases para que façamos o mesmo. Por essa razão, uma universidade inovadora não tende a direcionar seus alunos para certas respostas predeterminadas, mas sim enfatiza a formulação de perguntas cada vez mais capacitadoras e desafiadoras.  

3. Adaptação de seus planos curriculares ao futuro  

Uma parte muito importante da inovação é a competitividade dos graduados no mercado de trabalho. Muitas universidades continuam a ter os mesmos planos acadêmicos de dez anos atrás ou mais, enquanto as ferramentas e metodologias disponíveis continuam evoluindo. Até novas carreiras surgem e outras se tornam obsoletas de um momento para o outro. 

Uma universidade inovadora sempre tenta estar um passo à frente e esboça seus planos de estudos de acordo com o que as tendências do setor indicam quando seus alunos se formam. Em todos os casos, isso implica uma literacia digital avançada e uma estreita colaboração com empresas que já estão na vanguarda de seu setor.

4. Oferecimento de uma visão humanista

Como já mencionamos, a universidade não pode ser mero instrumento para que quem tem acesso a ela obtenha melhores cargos em alguma empresa. Isso ficou no passado e milhares de estudantes agora têm expectativas na vida que vão muito além do trabalho, incluindo viajar, viver em equilíbrio e ser um fator de mudança positiva no mundo.  

As universidades inovadoras levam isso em conta e também dão a seus alunos ferramentas para cultivar a própria personalidade e o bem-estar de maneira integral. Elas se preocupam em investigar os interesses de cada um deles e ajudá-los a criar as conexões certas para que possam explorar plenamente o próprio potencial, seja acadêmico, profissional, social ou artístico.

5. Capacitação constante de seus professores

Assim como as universidades desenham, otimizam e ajustam seus planos acadêmicos, o mesmo deve acontecer com os planos de formação de professores. Infelizmente, na maioria das instituições de ensino superior, a formação é algo a que se recorre esporadicamente para resolver problemas e áreas de oportunidade, e não como um processo permanente baseado na mentalidade de crescimento. 

A formação de professores deve ser orientada para estes cinco eixos principais:

1. Novas metodologias para aprendizagem significativa
2. Relevância e atualização do conteúdo
3. Novas tecnologias
4. Soft skills
5. Integração educacional

6. Aproveitamento da aprendizagem baseada em projetos + flexibilidade curricular

Falamos muito neste blog sobre a aprendizagem baseada em projetos (PBL) e sua ampla variedade de metodologias, como design thinking, aprender fazendo e projetos STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). De um modo geral, é um dos métodos de aprendizagem significativa mais eficazes e mais apoiados internacionalmente por milhares de educadores e instituições de alto nível. 

A aprendizagem baseada em projetos é uma pedra angular da inovação universitária, mas já não é suficiente por si só para ser considerada uma prática inovadora. Para ser, deve ser sempre acompanhada por uma mentalidade de responsabilidade social e flexibilidade curricular. 

Responsabilidade social significa que tudo o que fazemos tem um propósito que vai muito além do lucro, e trata de soluções sustentáveis que beneficiem a comunidade como um todo, e não apenas alguns.  

Por sua vez, a flexibilidade curricular diz respeito à liberdade dos alunos de buscar os próprios interesses multidisciplinares por meio de pesquisa e experimentação ativa, em vez de depender de um currículo restritivo.  

Este último não só é consistente com a tendência crescente de especialização no mercado de trabalho, mas também com a filosofia de trabalho baseada em objetivos. Ou seja, se o aluno tiver um objetivo claro e motivador, encontrará todo o conhecimento necessário para alcançá-lo da melhor maneira. O papel da universidade é simplesmente oferecer suporte e facilidades para integrar esse conhecimento.

Leia também: 👉 Como promover a inovação com carreiras STEM em sua universidade?

7. Investimento em tecnologia e viabilização de novas metodologias  

Embora o fator orçamentário tenda a ser uma das principais restrições para as instituições de ensino superior, aquelas com mentalidade de inovação costumam priorizar a aquisição de tecnologias que realmente as ajudem a tornar o restante dos processos mais ágeis e simples, o que às vezes, por sua vez, economiza tempo e dinheiro, além de alcançar mais alunos, gerando um círculo virtuoso. 

Mas não se trata apenas de tecnologias como plataformas Moodle, salas de aula inteligentes, campi virtuais e bibliotecas digitais, mas também de adotar sem medo metodologias de ensino disruptivas, como gamificação e microaprendizagem. 

Quando esses sete pontos são cumpridos, é que uma universidade está realmente em condições de promover a inovação e encontrar novas fontes de financiamento, tanto públicas como privadas, para promover seus pesquisadores, desenvolver e patentear novas tecnologias e, em geral, deixar uma marca positiva na comunidade além do sucesso socioeconômico individual de seus graduados. 

Na Pearson Higher Education, estamos comprometidos com a educação universitária como o principal motor de mudança e desenvolvimento social na América Latina. Por isso, oferecemos à sua instituição ferramentas acadêmicas de alto nível, projetadas de acordo com as necessidades de seus alunos e os desafios que os aguardam.