Cidadãos globais podem quebrar barreiras linguísticas e culturais para criar juntos um mundo melhor. Você está contribuindo para a formação deles? 

  1. O que é um cidadão global?
  2. Pensar globalmente, agir localmente: do indivíduo ao mundo ao qual pertence  
  3. Como promover a cidadania global em sua instituição universitária?
    3.1. Ênfase no ensino da língua inglesa
    3.2. Promoção de programas de intercâmbio
    3.3. Construção de alianças para estágios no exterior
    3.4. Organização de feiras internacionais
    3.5. Aprendizagem baseada em projetos (PBL) com uma mentalidade global

A missão mais importante da educação é que nossos alunos tenham capacidade e motivação para tornar o mundo um lugar melhor e mais igualitário.  

Treiná-los como cidadãos globais é uma das formas mais eficientes de conscientizá-los de sua responsabilidade humana diante de todos os problemas do planeta, tanto ambientais quanto sociais. 

O conceito de cidadania global está intimamente ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), pois um deles é garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos, o que abarca a cidadania como uma das principais estratégias para seu alcance. 

Como garantir que nossa instituição fomente o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos particularmente úteis para enfrentar os desafios mais prementes do mundo globalizado? É exatamente sobre isso que falaremos hoje.  

O que é um cidadão global?

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Existem muitos traços que caracterizam um cidadão global, por exemplo, curiosidade, empatia, proatividade e otimismo. 

Em linhas gerais, são aqueles que se veem como parte de uma comunidade internacional composta por indivíduos com diferentes estilos de vida, formas de pensar, tradições e interesses. Mas também com uma essência humana, valores de vida e responsabilidades com os outros e com o meio ambiente que são comuns a todos nós. 

Cidadania global implica deixar de pensar em “nós e eles”, para passar a exercer tolerância, compreensão e curiosidade a partir de uma intenção de integração e desenvolvimento sustentável a todos, e não exploração ou competição. Em outras palavras, o cidadão global escolhe eliminar barreiras em vez de criá-las; compartilhar em vez de acumular.  

Também não podemos ignorar o fato de que a cidadania global aumenta a empregabilidade de várias maneiras, pois desenvolve a capacidade de colaborar com empresas internacionais, em diferentes partes do mundo, e com equipes de trabalho e clientes multiculturais.

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Pensar globalmente, agir localmente: do indivíduo ao mundo ao qual pertence  

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Para desenvolver uma mentalidade global, além de ter contato com outras culturas, idiomas e formas de pensar, uma pessoa precisa entender como suas ações afetam seu ambiente próximo e como, direta ou indiretamente, também impactam para melhor ou pior todo o planeta. 

Além disso, devemos entender que nosso modo de vida e as condições socioeconômicas de nossa comunidade são resultado da combinação de centenas de fatores que conciliam geografia, história, interesses macroeconômicos, estilos de comunicação local e muito mais.  

Dessa forma, podemos nos posicionar como parte de uma rede humana universal profundamente interconectada e começar a modificar nossas próprias ações e atitudes. Primeiro individualmente e localmente, depois unindo as forças da comunidade para alcançar mais impactos globais. 

É importante mencionar que a cidadania global se opõe em muitos aspectos à mentalidade capitalista, que, embora possa encontrar uma grande aliada na globalização, tende a utilizá-la como ferramenta para a mera acumulação de capital, e não para a criação de bem-estar.

Leia também: 👉 Como preparar seus alunos para serem nômades digitais?

Como promover a cidadania global em sua instituição universitária?

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Grande parte do desafio de formar cidadãos globais recai sobre as universidades. A cidadania global no ensino superior é uma filosofia que permeia toda a instituição. 

Cada universidade é diferente, mas é sempre possível conseguir estabelecer as condições necessárias para que tanto os alunos como os professores e a própria universidade se tornem fatores de mudança positiva. 

Algumas das estratégias mais eficientes para garantir a cidadania global das novas gerações de profissionais são as seguintes:

1. Ênfase no ensino da língua inglesa

O inglês não é a língua materna mais falada no mundo, mas é a segunda língua mais falada e a língua da globalização por excelência. Mesmo o nível mais básico de inglês pode abrir muitas portas para seus alunos. 

Por exemplo, para obter um visto de trabalho de temporada na Austrália, você só precisa de inglês funcional muito básico. Obviamente, quanto maior o domínio desse idioma, mais facilidades os jovens têm para estudar em outros países ou encontrar empregos internacionais quando se formarem.  

Para contribuir com uma mentalidade global, é preferível que o inglês não seja tratado apenas como uma disciplina isolada, mas também como a língua em que são ministradas outras disciplinas do curso de graduação. 

Vale considerar que economias como a da China e a da Índia estão crescendo a passos largos e ganhando destaque internacional nunca antes visto. Tanto que muitos especialistas concordam que estamos atravessando o chamado “século asiático”. Depois do inglês, o chinês está emergindo como a língua mais importante para o futuro.  

Resumindo: ter professores bilíngues e multidisciplinares é um grande investimento para universidades que querem ajudar seus alunos a expandir os próprios horizontes por meio do ensino.  

2. Promoção de programas de intercâmbio

Além de investir mais recursos e esforços na mobilidade de nossos alunos e em receber alunos de outras partes do mundo para serem embaixadores culturais em nossa instituição, devemos começar a buscar outras opções de intercâmbio, diferentes das tradicionais.  

Em outras palavras, os alunos geralmente passam um período educacional ou fazem um curso em uma universidade de outro país, mas essa não é a única opção para eles desenvolverem a cidadania global.  

Por exemplo, o voluntariado e os estudos de campo também são excelentes maneiras de se familiarizar com outras realidades e culturas. Existem muitas organizações internacionais para o voluntariado sazonal. 

Às vezes, tudo que você precisa fazer é dar a eles um espaço para se promoverem em nossa universidade, além de fornecer instalações e incentivo para que os alunos aproveitem essas oportunidades.  

Mesmo em algumas instituições de Ensino Médio ou superior, o voluntariado no exterior não é opcional, mas faz parte do currículo básico.

3. Construção de alianças para estágios no exterior

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Os estágios, também chamados de “serviço social” em alguns países, são um requisito geral para a graduação em muitas universidades públicas, bem como uma forma de ganhar experiência de trabalho antes da formação no competitivo mercado de trabalho. 

Ao criar alianças para que empresas, instituições e organizações de outros países recebam nossos alunos, devemos dar preferência àquelas que realmente lhes permitem aplicar e fortalecer competências-chave para a cidadania global. 

Em outras palavras, estudar ou trabalhar no exterior não é suficiente por si só para fomentar uma mentalidade global se não entrarmos em contato com novos modos de pensar e diferentes formas de resolver problemas que dizem respeito a todos nós.

Leia também: 👉 6 habilidades sociais mais valorizadas no novo mercado de trabalho

4. Organização de feiras internacionais

As feiras internacionais podem ser adotadas para o conhecimento de tradições, culinárias, músicas e curiosidades de outros países, mas no contexto universitário devem ser sobretudo uma ferramenta com o intuito de compreender como funcionam outras sociedades a nível macroeconômico e cultural. 

O principal objetivo delas deve ser identificar quais são os pontos comuns que fundamentam nossas diferenças. Isso vai muito além de nossos pratos típicos ou de nossa religião: engloba os diferentes sistemas políticos, formas de organização da força de trabalho e exploração dos recursos naturais, formas de exercer (ou não) nossa cidadania etc. 

As feiras internacionais, além de serem eventos altamente recreativos, têm de nos ajudar a gerar consciência e empatia. Por exemplo, sobre como nossos hábitos de consumo no mundo ocidentalizado afetam as populações mais remotas da África, ou como a demanda por mão de obra em certas regiões afeta a migração em nossa comunidade.

5. Aprendizagem baseada em projetos (PBL) com uma mentalidade global

Já falamos bastante sobre a importância da aprendizagem baseada em projetos e suas diferentes modalidades, como design thinking e projetos STEM. Uma das premissas básicas desse tipo de ensino é que os alunos devem ser capazes de desenvolver soluções a problemas da vida real que sejam relevantes para eles e para sua comunidade.  

Por sua vez, isso não entra em conflito com a mentalidade global, simplesmente porque para o cidadão global o mundo inteiro é a aldeia dele. Embora seja importante que os alunos aprendam a causar um impacto positivo em suas próprias regiões, isso não significa que eles não possam usar suas habilidades e seus conhecimentos em comunidades remotas. 

Para dar apenas um exemplo, estudantes de agroengenharia de uma universidade na Colômbia podem embarcar em um projeto de sustentabilidade especialmente desenvolvido para ajudar comunidades no Quênia que não têm tecnologia ou recursos para desenvolvê-lo por conta própria. 

Na maioria das vezes, as soluções de sustentabilidade que funcionam para uma comunidade têm aplicações úteis em muitas outras. O fundamental é não perder de vista o objetivo mais importante: contribuir para a construção de um mundo melhor para todos os que o habitam. 

Leia também: 👉 4 estratégias pedagógicas para a educação baseada em competências

Na Pearson Higher Education temos um grande compromisso com a educação universitária na América Latina. Acreditamos que contribuir para a formação de cidadãos globais é uma de nossas responsabilidades mais urgentes, razão pela qual desenvolvemos um vasto leque de soluções para instituições como a sua. 

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