A cultura de mudança nos permite evoluir e nos adaptar melhor, razão pela qual é tão importante no ensino superior. Você sabe como promovê-la na sua IES?
- O que é a cultura de mudança e como ela surge?
- Como é a cultura de mudança no ensino superior?
- Ambientes VUCA-BANI e a influência deles na cultura de mudança
- 5 estratégias adaptativas para promover a cultura de mudança nas instituições de ensino superior (IES)
4.1. Adotar metodologias de ensino mais dinâmicas e flexíveis
4.2. Estabelecer uma política de inovação
4.3. Flexibilizar os currículos
4.4. Desenvolver soft skills
4.5. Adotar lifelong learning - Pearson Higher Education: seu melhor recurso para impulsionar uma cultura de mudança
A cultura de mudança no ensino superior refere-se à capacidade das instituições acadêmicas de inovar, adaptar-se e responder de modo ágil aos desafios que os avanços tecnológicos e sociais geram em novos ambientes de aprendizagem.
Hoje vamos conhecer os aspectos mais importantes e as ferramentas essenciais da chamada cultura de mudança, vamos aprender como ela tem evoluído nos últimos anos e qual é seu papel como estratégia de adaptação e inovação para garantir que sua universidade seja um espaço de aprendizagem atualizado e competitivo.
O que é a cultura de mudança e como ela surge?
Embora a adoção do termo “cultura de mudança” seja relativamente recente, na realidade a ideia de que tudo está em constante movimento é uma noção muito antiga. O filósofo Heráclito já dizia que “tudo flui, nada permanece”, e a melhor coisa que podemos fazer diante de acontecimentos inesperados é nos adaptarmos a eles para seguirmos em frente.
O campo da educação também é atravessado por inúmeros aspectos tecnológicos, sociais e estruturais que estão igualmente sujeitos a constantes mudanças e imprevistos.
Sem ir mais longe, há vinte anos ninguém esperava que a tecnologia influenciasse tanto o processo de aprendizagem; mas surgiram situações globais, como a recente pandemia de Covid-19, que reconfigurou para sempre o contexto educacional.
Não é surpresa que a mentalidade de mudança começou a tomar forma e a se popularizar no final dos anos noventa, década em que o aumento tecnológico obrigou as organizações a reinventar seus processos para se adaptarem às mudanças da era da informação e à globalização acelerada.
No contexto educacional, a integração de recursos digitais e multimídia bem como a implementação de ecossistemas de aprendizagem de AVAs foram os primeiros passos para a adaptação massiva a essa cultura de mudança.
Como é a cultura de mudança no ensino superior?
A filosofia da mudança modifica muitos dos paradigmas tradicionais do processo de aprendizagem e, ao adotá-la, notamos que:
- Os professores e as instituições não representam mais o recurso central do conhecimento: mas atuam como meios para dotar os alunos de ferramentas que lhes permitam acessar as informações e metodologias necessárias para transformá-las em conhecimento formativo.
- A aprendizagem perdeu sua condição estática e presencial: não recorremos mais apenas a um espaço físico para aprender; agora, o conhecimento está praticamente em todos os lugares, e podemos acessá-lo de múltiplas mídias e dispositivos.
- O processo de aprendizagem não é mais unidirecional: o método tradicional, em que o professor ministra uma aula e os alunos recebem as informações, não é mais funcional. Agora, ele atua como um orquestrador da dinâmica na qual os alunos constroem gradativa e coletivamente os próprios conhecimentos.
- O mundo em que os estudantes vivem agora é global e hiperconectado: a cultura de mudança no ensino superior também envolve entender como o ambiente social, político e econômico em que os estudantes operam hoje mudou, e como isso influenciou a maneira particular deles de aprender.
Com base nessas alterações de paradigma, a cultura de mudança na educação tem as seguintes características básicas em todas as suas aplicações:
- É flexível e adaptável.
- Busca sempre inovar ou adotar novas tecnologias que sejam viáveis.
- Incentiva o aprendizado e a melhoria contínua.
- Recompensa a proatividade e a criatividade.
- Tem tolerância ao risco.
- Prioriza a colaboração e a liderança empática.
- É multidisciplinar.
Ambientes VUCA-BANI e a influência deles na cultura de mudança
Os ambientes VUCA-BANI são fortemente influenciados por avanços tecnológicos exponenciais e muitas vezes imprevisíveis. Podem ser sociais, econômicos, políticos e até educacionais, e são caracterizados por um alto nível de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.
Em muitos aspectos, os ambientes VUCA-BANI estão moldando as novas realidades de milhares de pessoas, e abraçar plenamente a cultura de mudança é uma das melhores estratégias para você manter a competitividade e o bem-estar organizacional e pessoal dentro deles.
Graças à cultura de mudança, as organizações agora podem antecipar as mudanças e tendências mais importantes, bem como estar preparadas para reagir rapidamente a mudanças repentinas e não planejadas que possam ocorrer.
Além disso, incutir a mentalidade de mudança nos alunos é justamente o que lhes permitirá enfrentar com sucesso um mercado de trabalho altamente imprevisível e competitivo, encontrando maneiras de se adaptar a ele e, ao mesmo tempo, conseguindo continuar a desenvolver seus talentos únicos em suas áreas pessoais de interesse.
5 estratégias adaptativas para promover a cultura de mudança nas instituições de ensino superior (IES)
As estratégias adaptativas na educação caracterizam-se por sua capacidade de se ajustar às necessidades dos alunos, que, por sua vez, são determinadas não apenas por traços pessoais e diferentes estilos de aprendizagem, mas também pelos contextos tecnológicos, sociais e digitais em que eles estão imersos.
Esses fatores modificam, além de questões técnicas e operacionais do ensino, questões fundamentais como motivação, autogestão, atenção e metacognição do aluno, ou seja, o ato de pensar sobre como, por que e para o que aprendemos.
Vejamos cinco estratégias preliminares que são indispensáveis se você está procurando estabelecer bases sólidas para a cultura de mudança em sua IES:
1. Adotar metodologias de ensino mais dinâmicas e flexíveis
Metodologias como a aprendizagem baseada em projetos (ABP) e o design thinking tornaram-se algumas das ferramentas mais valorizadas dentro do mindset de mudança por diversos motivos.
O mais importante relaciona-se com o fato de ser uma experiência educacional muito menos estruturada e que permite que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados de diversas maneiras, dentre as muitas que existem para chegar a um resultado ou resolver um problema.
Em segundo lugar, a aprendizagem baseada em projetos incentiva a pesquisa autogerenciada e a experimentação com diferentes ferramentas atuais, para que os alunos desfrutem da liberdade de aproveitar tudo o que têm em mãos a fim de obter o resultado desejado.
2. Estabelecer uma política de inovação
Criar uma política educacional que impulsione a inovação não é o mesmo que gastar milhares de dólares em tecnologias de ponta – que muitas instituições de ensino superior não estão em condições de pagar –, mas sim reconhecer e apoiar genuinamente a engenhosidade, a iniciativa e a eficiência.
Em outras palavras, é aproveitar os recursos atuais para encontrar maneiras cada vez melhores e mais sustentáveis de fazer as coisas, sem colocar entraves ou obstáculos, mas oferecendo apoio àqueles que ousam correr riscos.
3. Flexibilizar os currículos
Segundo o educador John Biggs, a educação eficaz não se concentra no que o aluno sabe, mas no que ele faz e como ele o integra a seu ambiente.
A cultura de mudança implica o desenvolvimento de currículos que englobem noções educativas que devem ser comuns a todos os alunos, mas que, ao mesmo tempo, tenham flexibilidade suficiente para evoluir e ajustar-se às diferentes formas de aplicá-las no quotidiano e no contexto sociocultural dos jovens, bem como a seus interesses particulares.
4. Desenvolver soft skills
As soft skills mais valorizadas hoje estão diretamente relacionadas à capacidade de criar e manter um mindset de mudança permanente. Referimo-nos em especial à comunicação, à autogestão, ao trabalho em equipe, à liderança, ao pensamento crítico e à responsabilidade social.
O fortalecimento dessas competências em alunos e professores abre caminho para que qualquer mudança institucional, estrutural ou contextual seja interpretada como uma oportunidade de crescimento, e não como uma situação negativa à qual uma resistência deve ser desencadeada.
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5. Adotar lifelong learning
Hoje, mais do que nunca, é urgente romper com o paradigma de que o ensino superior é o objetivo último do ensino e que, com ele, se encerra o processo educativo dos indivíduos. A realidade é que podemos e devemos continuar a aprender tudo ao longo da vida e, de fato, hoje essa é uma das chaves para nos mantermos competitivos no âmbito profissional, e também para cultivarmos um estado de bem-estar pessoal.
Uma política de aprendizagem contínua não só exige que os professores e o pessoal acadêmico estejam constantemente atualizados, mas igualmente incentiva as instituições de ensino superior a oferecerem opções de educação contínua com preços acessíveis a todas as pessoas da comunidade.
Leia também: 👉 O que é lifelong learning e qual é seu impacto para os estudantes universitários?
Pearson Higher Education: seu melhor recurso para impulsionar uma cultura de mudança
Sabemos que as universidades têm um papel de liderança na promoção da cultura de mudança a nível social. Nesse sentido, todas as soluções de ensino que oferecemos na Pearson Higher Education são concebidas para aumentar a competitividade acadêmica de sua instituição, e também a empregabilidade de seus alunos com competências profundas, como a adaptabilidade e a inovação.
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Referências
FULLAN, M. Liderar en una cultura de cambio. [s. l.]: Ediciones Morata, 2020.
GARCÍA-BULLÉ, S.¿Qué es lifelong learning y en qué consiste?. Institute for the Future of Education – Tecnológico de Monterrey. 2019. Disponível em: https://observatorio.tec.mx/edu-news/aprendizaje-a-lo-largo-de-la-vida-lifelong-learning. Acesso em: 31 maio 2023.
MARTÍNEZ, A. P. De un entorno VUCA a un entorno BANI para dar sentido a este mundo de transformación constante. Capital Humano: revista para la integración y desarrollo de los recursos humanos. v. 376, n. 24, 2022.
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