As tendências da indústria e do mercado de trabalho preveem que a formação técnica será mais importante do que nunca. Saiba como isso impacta a sua IES! 


  1. Das sociedades industriais ao mundo tecnológico: o que mudou nesta geração?
  2. Formação técnica em universidades: é um campo de oportunidades?
  3. Conheça as 10 carreiras de formação técnica com maior demanda
  4. Portaria n. 314: novas vantagens das IES privadas no Brasil
  5. 5 Vantagens do ensino técnico para IES privadas
    5.1. Aceleração dos processos de licenciamento para o ensino técnico
    5.2. Expansão de cursos em larga escala
    5.3. Formação técnica desde o Ensino Médio
    5.4. Redução do tempo no processo de aprendizagem
    5.5. Expansão da oferta educacional em larga escala
  6. Requisitos para habilitação do ensino técnico em sua IES
    6.1. Ter um Índice Geral de Cursos (IGC) ou um Conceito Institucional (CI) igual ou superior a 3
    6.2. Ter pelo menos um bacharelado relacionado à formação técnica
    6.3. Verificar se existe uma infraestrutura adequada para a formação técnica
    6.4. Plataforma de aprendizagem especializada para formação técnica

O A formação técnica tem sido a chave para o progresso da educação e da sociedade em geral há séculos. A docência de cursos técnicos em instituições de ensino superior (IES) privadas é a melhor oportunidade para ampliar o universo de conhecimento demandado pelo mercado de trabalho. 

Neste 2023, as IES privadas terão a possibilidade de oferecer carreiras e cursos de formação técnica, tanto na modalidade presencial quanto a distância. 

Saiba como a formação técnica está impactando o ensino superior, bem como os requisitos para lecionar carreiras técnicas e cursos desse tipo de entidade de ensino.

Das sociedades industriais ao mundo tecnológico: o que mudou nesta geração?

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O mundo de hoje passa por uma transição nunca antes vista: as sociedades industriais foram transformadas em ambientes automatizados, sustentados por estruturas digitais que dependem do desenvolvimento de tecnologias e know-how cada vez mais especializados. 

Alguns especialistas (FREIRE, 2008) consideram que esses ambientes estão cada vez mais voláteis e incertos; foi assim que passamos do ambiente VUCA para o ambiente BANI, e podemos identificar essas mudanças a partir de quatro comportamentos recorrentes nesta geração:

  1. Renovação do trabalho manual e intelectual: a sociedade está se libertando do trabalho mecânico, repetitivo e sistemático, adotando uma nova forma de entender o trabalho como oportunidade de desenvolver o pensamento divergente dentro de uma cultura de mudança.
  2. Apropriação do trabalho como ambiente de formação integral: até a década de 1950, o trabalho representava uma forma necessária de sobrevivência, mas, para algumas gerações, a atividade laboral está diretamente ligada a parte de nosso desenvolvimento pessoal e profissional. O trabalho não é mais apenas uma necessidade, mas um elemento que faz parte de nosso desenvolvimento pessoal.
  3. Maior coletividade nas relações pessoais e de trabalho: a internet mudou radicalmente as relações humanas; os alunos aprendem em ambientes virtuais e a distância, a busca por amigos é feita por meio de redes, e a forma de interagir no mundo do trabalho não é exceção:
    Hoje, em plena transição pós-pandemia, o trabalho remoto e colaborativo representa uma mudança histórica inédita: os trabalhos de escritório não dependem mais de grandes espaços corporativos, mas de ambientes virtuais interconectados por uma comunidade que fez do trabalho em equipe seu maior recurso.
  4. Maior liberdade das relações produtivas: as empresas deixam de seguir um manual de procedimentos trabalhistas, pois a aceleração da dinâmica produtiva não lhes permite aderir a um sistema específico, e sim a uma cultura de mudança permanente.

Em meio a esses comportamentos, a capacitação técnica destaca-se como recurso indispensável para sustentar as necessidades de desenvolvimento e crescimento tecnológico e social; nisso reside a importância de compreender a própria influência como desencadeador de mudança dentro das IES. 

Em um mundo acelerado e exigente, a formação de profissionais e especialistas é essencial para enfrentar os desafios da parcela de uma sociedade que depende quase inteiramente da tecnologia.

Formação técnica em universidades: é um campo de oportunidades?

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A formação técnica nas universidades sempre foi uma ótima alternativa para os estudantes que desejam adquirir, aprimorar e colocar em prática habilidades e conhecimentos em áreas específicas, além de ingressar no mercado de trabalho com maior leque de competitividade, ampliando suas oportunidades profissionais. 

Mas quais fatores fazem da formação técnica o melhor campo de oportunidade para os estudantes do ensino superior? A fim de compreender melhor, devemos medir o valor do know-how no desenvolvimento da tecnologia e sua importância no progresso dos países em desenvolvimento.

Maior competitividade no campo do trabalho

A formação técnica permite aos estudantes do ensino superior que adquiram habilidades práticas relacionadas à demanda por pessoal qualificado, o que influencia diretamente o mercado de trabalho, especialmente pelo desenvolvimento de conhecimentos e habilidades que tenham como foco o atendimento às necessidades que pedem atuação especializada.

 

Novas habilidades nos alunos

À medida que os alunos ampliam seus conhecimentos técnicos, eles também desenvolvem outras habilidades integrais para a formação humana, que hoje são consideradas recursos essenciais para a competitividade, como resolução de problemas, comunicação eficiente, pensamento crítico e trabalho colaborativo remoto.

Leia também: 👉 6 habilidades sociais mais valorizadas no novo mercado de trabalho

Ambientes para o desenvolvimento socioeconômico

O benefício da formação técnica não só favorece os estudantes do ensino superior, como também se estende a outros setores da sociedade, criando uma reação em cadeia que impacta positivamente a economia local e se estende a setores internacionais. 

É evidente que são muitas as oportunidades oferecidas pela formação técnica aos estudantes do ensino superior; especialmente nos últimos anos a oferta de carreiras técnicas na América Latina tem se expandido.

Conheça as 10 carreiras de formação técnica com maior demanda

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As carreiras técnicas oferecem muitas oportunidades; porém, como em qualquer lei da oferta e da procura, existem algumas que oferecem maiores possibilidades para as necessidades que podem envolver tanto o mundo do trabalho como o cotidiano. 

Por isso, é importante saber quais são as carreiras de formação técnica mais exigidas no mundo. 

Como apontam alguns especialistas, há disciplinas como Nanotecnologia, Engenharia e Ciência Biônica, que se tornaram “práticas tecnológicas responsáveis por manter e melhorar as qualidades intrínsecas do ser humano”, mas há outras, como Ciência da Computação, Inteligência Artificial e Robótica, que estão criando novos caminhos para entender a consciência humana (FREIRE, 2008). 

Estas são algumas das carreiras mais demandadas na América Latina:

  • Técnico em programação
  • Técnico de desenvolvimento 3D
  • Técnico em comunicação audiovisual
  • Técnico em logística
  • Técnico em design gráfico
  • Especialista em tecnologias ambientais
  • Técnico em construção civil
  • Técnico de Enfermagem
  • Técnico em saúde bucal
  • Técnico de Turismo
Leia também: 👉 O mercado de trabalho do futuro: Quais serão as carreiras mais procuradas?

Portaria n. 314: novas vantagens das IES privadas no Brasil

Em maio de 2022, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria n. 314 para permitir “habilitação e autorização de Instituições de Ensino Superior Privadas (IPES) credenciadas para ofertar cursos de graduação, e que tenham interesse em ofertar cursos técnicos de nível médio”. 

Isso significa que, a partir de 2023, as IES privadas poderão oferecer carreiras técnicas, ampliando as oportunidades para que jovens universitários tenham acesso a uma educação mais competitiva e de qualidade. 

É importante destacar que as IES públicas, como os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e os Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs), já oferecem carreiras técnicas. 

A Portaria n. 314 amplia as possibilidades em diversos pontos; por exemplo, além de serem presenciais, elas também podem ser feitas por meio do ensino superior a distância (EaD).

Leia também: 👉 7 Tendências da educação superior para o desenvolvimento da América Latina

5 Vantagens do ensino técnico para IES privadas

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A ampliação da oferta educacional das IES privadas no Brasil trará, sem dúvidas, muitas vantagens, que se refletirão no médio prazo, reforçando não só a qualidade educacional, como também facilitando o acesso dos alunos a cursos técnicos com alta demanda. Aqui estão algumas das vantagens mais importantes.

1. Aceleração dos processos de licenciamento para o ensino técnico

A Portaria n. 314 permitirá a escolas que tenham autorização do Ministério da Educação (MEC) que ofereçam carreiras técnicas. Antigamente, as IES exigiam uma autorização concedida pelos conselhos estaduais de educação, que regulamentavam as características dos cursos técnicos, processo que demorava muito.

2. Expansão de cursos em larga escala

É fato que muitas instituições possuem centros de educação a distância em várias partes do Brasil, mas a solicitação para operar em locais diferentes teve que ser feita em cada um dos estados. Esse efeito burocrático dificultou a liberação de cursos. 

Com a nova norma do MEC, a aprovação é simplificada para que instituições com diversos centros possam oferecer cursos técnicos presenciais e on-line, permitindo maior recrutamento de alunos em larga escala.

3. Formação técnica desde o Ensino Médio

A ampliação da opção de cursos técnicos no nível médio permitirá a muitos jovens desse nível que considerem esse campo de formação a longo prazo, ou seja, levem em consideração uma carreira técnica de nível superior.

4. Redução do tempo no processo de aprendizagem

As IES privadas poderão aumentar sua oferta educacional, tornando o período de aprendizagem mais atrativo, já que muitos dos cursos propostos têm duração não superior a um ano, o que também reduz o custo deles.

5. Expansão da oferta educacional em larga escala

O Anuário Estatístico da Educação Profissional e Tecnológica indicou que, no ano passado, havia cerca de 1,8 milhão de alunos matriculados no Ensino Médio técnico; com as modificações da Portaria n. 314, estima-se que mais de 500 mil vagas de formação técnica serão abertas. 

É fato que a expansão das carreiras técnicas no Brasil gerará muitas oportunidades de desenvolvimento que terão impacto direto na economia nacional, uma vez que carreiras e cursos técnicos diversos estão voltados para a solução das demandas do mercado de trabalho e da sociedade em geral.

Requisitos para habilitação do ensino técnico em sua IES

Todas as IES privadas podem oferecer cursos de carreira e capacitação técnica. No entanto, é importante considerar que há uma série de requisitos necessários para garantir a qualidade e a correta atuação. 

Afinal, essa nova etapa da educação deve ser conduzida com a máxima qualidade. Mas fique tranquilo, que uma instituição que mantém a qualidade no ensino superior não terá dificuldades. 

Há três critérios – previstos no artigo terceiro – que a IES deve atender para se qualificar, relacionados ao que já é proposto em seus cursos de graduação e à capacidade de ministrar ensino técnico. Veja quais são agora:

Ter um Índice Geral de Cursos (IGC) ou um Conceito Institucional (CI) igual ou superior a 3

O IGC é um indicador de qualidade regulamentado pelo MEC, com o qual IES públicas e privadas podem ser avaliadas em relação a sua oferta educacional nos cursos de graduação e pós-graduação. 

Para fazer uma avaliação correta, o MEC toma como critério a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) da IES nos últimos três anos, bem como a média dos critérios que avaliam os cursos de pós-graduação. Dessa forma, o IGC concentra em um único indicador os critérios de qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) das IES. 

Quanto à graduação, utiliza-se o CPC dos cursos, e, para a pós-graduação, a nota da Capes, que expressa os resultados da avaliação dos programas de pós-graduação, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Ter pelo menos um bacharelado relacionado à formação técnica

As IES devem comprovar que já possuem alguma experiência na oferta de cursos regulares e cursos técnicos, para que o MEC possa avaliar sua incorporação. De fato, já existe um Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), que indica os cursos que as IES podem ministrar, ou seja, as instituições devem aderir à oferta educacional prevista no referido catálogo.

Verificar se existe uma infraestrutura adequada para a formação técnica

Garantir que os alunos consigam aprender em um ambiente adequado para cursos regulares e cursos técnicos é prioridade do MEC. Por isso, um requisito fundamental é verificar se você possui infraestrutura física, tecnológica e administrativa para ministrar os cursos oferecidos. 

Para os cursos de EaD, as aulas práticas devem ser presenciais. Embora a modalidade a distância ofereça uma grande vantagem na maioria dos cursos de capacitação técnica, deve-se considerar que muitas aulas exigem dinâmicas e atividades práticas. Nesse caso, é fundamental que as aulas sejam presenciais. Aliás, o CNCT especifica qual deve ser o número mínimo de aulas presenciais.

Plataforma de aprendizagem especializada para formação técnica

É essencial que a sua IES conte com uma plataforma de aprendizagem, que ofereça cursos com conteúdos de qualidade, recursos multimídia, aulas dinâmicas e trilhas específicas para a área de atuação que o estudante pretende seguir. 

A Pearson Higher Education desenvolveu a Pearson Pro, que consiste em uma plataforma de aprendizagem 100% on-line e interativa, disponibiliza conteúdos por meio de softwares e mídias interativas com textos, sons, ilustrações e animações. 

Os cursos trabalham com habilidades essenciais para desenvolvimento do estudante para sua vida no mercado de trabalho. 

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Referências

BRASIL. Diário Oficial da União. Portaria n. 314, de 2 de maio de 2022. Brasília, 2022. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-314-de-2-de-maio-de-2022-396907692. Acesso em: 31 maio 2023. 

FREIRE, J. C. Las carreras técnicas: su importancia para el porvenir. Ingenius, n. 3, p. 77-79, 2008. 

MEC facilita abertura de cursos técnicos pelas universidades privadas. ABMES. 2022. Disponível em: https://abmes.org.br/noticias/detalhe/4683/mec-facilita-abertura-de-cursos-tecnicos-pelas-universidades-privadas-. Acesso em: 31 maio 2023. 

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