Graças às ferramentas adaptativas que oferece ao longo da vida, a aprendizagem baseada em projetos (ABP) tornou-se uma metodologia cada vez mais popular em todos os níveis de ensino, incluindo o superior. 

  1. O que é a ABP e quais são suas características mais importantes?
  2. Avaliação de alunos por ABP é desafio dos professores universitários
    2.1. Rubricas de avaliação
    2.2. Avaliação por pares
    2.3. Apresentações públicas
    2.4. Listas de verificação
    2.5. Portfólios digitais 
  3. Pearson HED Solutions: apoiando a avaliação da ABP na formação universitária

No entanto, para alguns professores ainda pode ser difícil avaliar os alunos individualmente usando essa abordagem, já que as rubricas não são as mesmas das avaliações tradicionais, como exames ou trabalhos de pesquisa. É por isso que hoje vamos rever cinco maneiras eficientes de avaliar ABP que aumentarão a confiança e a objetividade de seus instrutores. Confira!

O que é a ABP e quais são suas características mais importantes?

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Sua principal característica é promover uma aprendizagem significativa por meio da realização de projetos colaborativos ou tarefas práticas, relacionadas a problemas do mundo real, cujo cumprimento não segue uma série de etapas preestabelecidas, mas depende da participação ativa, da iniciativa e da criatividade dos alunos para recorrerem aos próprios conhecimentos. 

Professores com experiência em ABP são capazes de elaborar projetos em torno de problemas ou desafios relevantes que sejam motivadores para os alunos e que estejam contextualizados na zona de aprendizagem imediata, mas também fora da zona de conforto deles. Ou seja, são desafios que o aluno pode enfrentar, desde que use o que sabe para construir pontes a novos conhecimentos e novas aplicações. 

Os projetos da abordagem geralmente abrangem diferentes áreas do conhecimento, incentivando a integração de múltiplas disciplinas e permitindo aos alunos que se baseiem em conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema e produzir resultados tangíveis e visíveis, como protótipos, relatórios ou produtos concretos. Isso lhes dá uma sensação de realização e possibilita que vejam o impacto do próprio esforço. 

Por fim, uma característica fundamental dessa metodologia é que ela promove o trabalho em equipe e a colaboração genuína entre os alunos, dando autonomia aos grupos de trabalho para planejar linhas de ação, levando em consideração os pontos de vista de todos, atribuir responsabilidades e dividir as atividades de maneira justa, além de promover a aprendizagem para todos. 

É justamente esse grau de liberdade, somado aos muitos resultados que um projeto de aprendizagem multidisciplinar pode derivar, que faz que a avaliação da ABP passe a ser considerada desafiadora.

[Coluna Inside HED] Metodologias ativas na avaliação com estudantes do ensino superior

Avaliação de alunos por ABP é desafio dos professores universitários

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Os professores universitários enfrentam certos desafios especiais ao avaliar individualmente os alunos a partir da ABP. Ao dar-lhes maior liberdade, os parâmetros de sucesso também tendem a se tornar muito mais flexíveis e subjetivos, o que implica que não existem certas habilidades específicas e/ou técnicas cujo domínio deve ter a chance de ser medido objetivamente. Vejamos cinco ferramentas eficazes para conseguir isso.

1. Rubricas de avaliação

As rubricas são guias que estabelecem critérios claros e específicos para avaliar o desempenho dos alunos em diferentes aspectos de um projeto, como a qualidade do trabalho individual, a disposição para colaborar, a contribuição de ideias criativas e, acima de tudo, o nível de progresso que existe entre conhecimentos e habilidades no início e no final do projeto. 

As rubricas fornecem um feedback construtivo e transparente, permitindo aos alunos que entendam claramente quais são as expectativas, mas sem comprometer o próprio desempenho com uma série de etapas ou resultados específicos. Ou seja, devem se delinear com um bom equilíbrio entre liberdade e especificidade. 

Por exemplo, as rubricas de avaliação de um projeto cujo objetivo é obter uma solução viável para a coleta e a purificação da água da chuva podem ser baseadas na profundidade e no rigor científico da pesquisa, na formulação adequada das questões-chave e/ou hipóteses, nas funcionalidades básicas que um protótipo de planejamento experimental deve incluir, na capacidade de cada membro da equipe de explicar de maneira persuasiva como a solução funciona, na apresentação final do projeto etc. 

Pontos extras podem ser oferecidos quando há situações problemáticas que foram abordadas satisfatoriamente com criatividade, pensamento “fora da caixa” ou integração de conhecimentos multidisciplinares. Por exemplo, a utilização de algum material reciclado ou tecnologia inovadora que permita reduzir custos. 

As rubricas podem ser avaliadas com diferentes escalas, desde a tradicional até dez, até escalas mais simples, que vão de “insatisfatório” a “excelente”.

2. Avaliação por pares

A avaliação por pares é quando os alunos participam da avaliação dos projetos de seus pares. Geralmente, é um método complementar à avaliação docente e não é utilizado como único critério, mas seu emprego pode ser muito enriquecedor, pois promove o pensamento crítico, a autorreflexão e a capacidade de oferecer e receber feedback construtivo entre os alunos. 

Por exemplo, os alunos podem desenvolver uma ou mais apresentações orais sobre o andamento do próprio projeto e, após cada grupo ter feito sua apresentação, a avaliação por pares é realizada com uma rubrica de avaliação previamente estabelecida por eles mesmos, mas que deve ser clara e objetiva.  

Os alunos também podem discutir os critérios de avaliação que desejam aplicar uns com os outros, o que geralmente leva a conversas em grupo extremamente enriquecedoras que ajudam a criar um senso crítico orientado para a busca de resultados.

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3. Apresentações públicas

As apresentações públicas oferecem aos alunos a oportunidade de comunicar as próprias ideias e resultados de maneira clara e convincente diante de um público para o qual o problema ou desafio que estão abordando é especialmente relevante.  

Por exemplo, para o projeto relacionado à captação de água da chuva, os alunos podem organizar a apresentação de seu protótipo com as autoridades e a comunidade do município ou localidade para a qual projetaram aquela solução. 

A avaliação dependerá de quão viável é o protótipo para os usuários finais e quão persuasiva e clara tem sido a apresentação das vantagens que ele simboliza. Incluir uma apresentação pública desse tipo para avaliar a aprendizagem baseada em projetos ajuda os alunos a entender a importância do contexto sociocultural e dos recursos disponíveis em cada situação particular.  

O ideal é que as apresentações incluam recursos audiovisuais para deixar a ideia mais clara, além de uma sessão de perguntas e respostas a fim de esclarecer dúvidas.

Leia também: 👉 Tudo sobre a avaliação de aprendizagem

4. Listas de verificação

As listas de verificação para avaliar a ABP pontuam os principais critérios que precisam ser atendidos em um projeto e são usadas para verificar rápida e objetivamente se eles foram adequadamente abordados.  

Por isso, são uma estratégia muito útil quando precisamos avaliar um grande número de projetos em um curto espaço de tempo, como costuma acontecer em alguns momentos do ano letivo. 

Continuando com o exemplo do sistema de captação de água da chuva, alguns pontos do checklist para o protótipo poderiam ser:

  • Financeiramente viável para a população.
  • Utilização de materiais locais.
  • Projetos de montagem que qualquer pessoa pode entender.
  • Design e uso sustentáveis.
  • Uso de determinada tecnologia.
  • Baseado em princípios teóricos relacionados ao objeto de estudo.
  • Que não exija mais de duas pessoas para sua instalação.

5. Portfólios digitais 

Os portfólios digitais servem para que os alunos coletem e exibam evidências dos próprios aprendizado e progresso ao longo de cada etapa do projeto. Os alunos podem incluir informações, imagens e vídeos sobre:

  • Como e por que eles escolheram essa questão específica
  • O plano de pesquisa e os dados coletados
  • Com quais conhecimentos eles contaram para começar
  • Como ficaram os primeiros protótipos
  • Que conhecimentos adicionais e aplicações eles tinham que investigar
  • Como chegaram à proposta final
  • Por que isso é melhor para aquele problema específico do que outras soluções semelhantes que já existem
  • Como apresentaram o projeto na comunidade para a qual ele é direcionado e qual a recepção que ele teve
  • Como eles poderiam se aprimorar em um projeto subsequente que não contasse com as mesmas restrições de tempo e recursos

Leia também: 👉 7 benefícios das avaliações personalizadas para seus alunos

Pearson HED Solutions: apoiando a avaliação da ABP na formação universitária

Na Pearson Higher Education, entendemos a importância de habilitar a aprendizagem baseada em projetos na sua universidade para melhorar sua proposta de valor educacional, mas também que você precisa ter estratégias objetivas e transparentes de avaliá-la tanto em grupo quanto individualmente. 

Convidamos você a conhecer nossas soluções para o ensino superior, projetadas com as necessidades atuais das universidades em mente e a avaliação bem-sucedida da ABP por meio de ferramentas personalizadas e treinamento para seus professores. 

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Referências

LUY MONTEJO, Carlos. El aprendizaje basado en problemas (ABP) en el desarrollo de la inteligencia emocional de estudiantes universitarios. 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20511/pyr2019.v7n2.288. Acesso em: 24 ago. 2023. 

SCHWARTZ, Katrina. Can Design Thinking Help Schools Find New Solutions to Old Problems? MindShift. [s. l.], 2016. 

SCAGER K. et al. Collaborative learning in higher education: Evoking positive interdependence.  

Pearson Higher Education
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