Quando o aluno opta pelo curso superior correto, tem mais sucesso na jornada universitária e é mais assertivo no mercado profissional
Uma das etapas mais importantes na vida dos estudantes são os últimos anos do ensino médio, quando iniciam a preparação para o vestibular e precisam tomar uma decisão, que poderá afetar todo o seu futuro, que é a escolha de um curso superior. Ainda que o encerramento do ciclo educacional seja empolgante, ao mesmo tempo, pode ser assustador, já que representa o início de uma vida profissional.
Infelizmente, muitos estudantes chegam a esse período inseguros, quanto a qual graduação escolher, e, por isso, torna-se fundamental haver uma interação entre as Instituições de Ensino Superior e as escolas, para que possam auxiliar na escolha correta.
Essa indecisão, quanto à alternativa profissional, faz todo sentido para os estudantes, que, na sua maioria, têm apenas 17 ou 18 anos e vive um momento em que experimentam um turbilhão de emoções.
Além disso, eles também lidam com as preocupações dos pais e familiares e ainda precisam decidir entre inúmeras profissões, levando em consideração que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e competitivo.
As transformações sociais e emocionais e as pressões externas e internas levam muitos jovens a mudar de profissão no meio do curso, ou mesmo não seguir a carreira escolhida, depois de ter acabado a graduação, por terem se precipitado e feito a escolha errada.
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Mais da metade dos alunos desiste dos cursos
Segundo o levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, feito em universidades públicas e privadas em 2019, 59% dos alunos desistem de seus cursos, ao entrarem na faculdade. Para reduzir esse número são necessárias estratégias que envolvam as escolas, as IES e também as famílias, com a finalidade de direcionar as escolhas e contribuir com a decisão precoce.
Um dos aspectos mais importantes na escolha da profissão de um jovem, normalmente, é a família. Isso é facilmente observado, por exemplo, numa família de médicos, com consultório já montado, em que a tendência ao curso de medicina é naturalmente compreensível. Ou mesmo numa família empreendedora, que tem a sua própria companhia, a tendência é a busca por formações relacionadas à atividade do negócio.
Porém, a segunda influência mais relevante que um estudante recebe é a da própria escola, que pode dar ao jovem acesso profissional em diversas áreas, através do desenvolvimento de aptidões solicitadas no mercado de trabalho atual, acesso a informações e curiosidades sobre as capacidades imprescindíveis para a performance da profissão selecionada, dentre outras circunstâncias.
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Direção para o futuro profissional
Dessa forma, esse desenvolvimento do estudante, construído na escola, permitirá que ele faça sua escolha de forma mais consciente, ficando mais apto para sonhar e planejar o futuro. Esse projeto educacional, que leva em consideração a sua formação profissional, é fundamental para a construção da autonomia do jovem, permitindo que ele projete uma profissão num horizonte mais aberto. Afinal, quanto mais conhecimento, maior as possibilidades e entendimento sobre aptidões e anseios.
As instituições de ensino podem ajudar os estudantes a se direcionarem profissionalmente de diversas formas como, por exemplo:
- Conselhos e exemplos do corpo docente;
- Orientação vocacional;
- Vivenciando o mercado de trabalho em exercícios práticos de “empresas júnior” na escola, onde experimentem diferentes papéis;
- Mostrar a possibilidade de conhecerem e dialogarem com diversos profissionais, de díspares áreas, para compartilharem com os alunos as suas experiências e práticas diárias, através de feiras e palestras;
- Desenvolvimento de habilidades (soft skills), que os fazem ter consciência de suas disposições, melhor desenvolvimento da inteligência emocional e das competências socioemocionais;
- Fomentando a leitura de livros que os ajudarão a um autoconhecimento e também na escolha da carreira;
- Promovendo visitas às IES, para que conheçam mais o mundo universitário e a área que pretendem seguir, entre outras iniciativas.
Proximidade com o ambiente das IES
Nesse momento de transição, é muito importante que os alunos do ensino médio tenham uma certa proximidade com o ambiente do ensino superior. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as escolas façam parcerias com as IES, permitindo que elas interajam com os alunos nessa nova fase, facilitando a introdução deles no novo mundo educacional, em que ingressarão em breve.
Essas instituições poderão criar caminhos que levem esse futuro universitário a vivenciar um pouco desse novo universo acadêmico, através de programas que levem a práticas, interações, acompanhadas de orientação vocacional consistente.
Sempre é importante lembrar que a nova geração é hiperconectada, imersa em tecnologias, com uma visão do universo que a cerca diferenciada, por isso as carreiras mais tradicionais devem ser apresentadas de forma mais contemporânea, demonstrando toda a sua notoriedade técnica e social. Com essa interação e atuação sequencial e conjunta, as escolas e as IES podem tornar essa passagem o mais leve, contribuindo no processo de maturidade da escolha, tanto do curso como da IES.
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