As trilhas de aprendizagem combinam as necessidades dos estudantes com o conteúdo transmitido pelo docente. São fundamentais para o Ensino Superior. Veja!
- O que são as trilhas de aprendizagem?
1.1 Diferenças entre habilidades e competências
1.2 Principais tipos e modelos de trilhas no aprendizado - Como aplicar as trilhas de aprendizagem na IES
- 3 principais benefícios das trilhas de aprendizagem
Estratégias de ensino precisam ser pensadas sempre em função das características de cada aluno ou turma. Quando o educador entende isso, passa a identificar caminhos para viabilizar o aprendizado e gerar melhores resultados. Nesse sentido, vale a pena conhecer abordagens novas. É o caso das chamadas trilhas de aprendizagem.
Já ouviu falar a respeito disso? Em resumo, essa técnica consiste em conduzir o processo de aprendizagem dando maior autonomia para o estudante, uma vez que é ele quem define como se dará a evolução do que aprende. É sobre isso que discutiremos no nosso artigo de hoje. Portanto, continue a leitura para conferir!
O que são as trilhas de aprendizagem?
As trilhas de aprendizagem são atividades que, quando realizadas em conjunto, permitem o desenvolvimento sequenciado de habilidades e competências entre os participantes de um projeto.
A ideia é que elas se complementem, tendo como objetivo a construção do conhecimento a respeito de determinado tema.
Aliás, diferentes recursos são disponibilizados para que o estudante escolha o método que julgar mais eficaz para aprender. É possível ter acesso a ferramentas como:
- aulas práticas;
- acervo de livros;
- artigos científicos;
- vídeos explicativos;
- jogos interativos;
- entre outras.
O conceito de trilhas de aprendizagem é especialmente interessante para empresas que precisam de soluções específicas — por exemplo, aprimorar a capacidade de liderança de um profissional.
Nesse caso, é possível oferecer possibilidades para que ele defina como será o seu caminho para chegar ao destino esperado, considerando suas habilidades e competências.
No entanto, essa abordagem é cada vez mais comum em IES que se preocupam em engajar e desenvolver os seus alunos.
Diferenças entre habilidades e competências
Tenha em mente que o que será trabalhado nas trilhas de aprendizagem serão as habilidades e competências dos estudantes. Portanto, é fundamental diferenciar esses conceitos, já que não se tratam de sinônimos.
Por habilidades entendemos aquilo que uma pessoa tem como conhecimento técnico sobre determinado assunto. É o caso do especialista em um tipo de abordagem fundamental para a empresa em que atua, como o motorista que conduz bem ou o estoquista que tem muita agilidade na organização das prateleiras. Em resumo, diz respeito àquilo que alguém sabe desempenhar da melhor forma possível.
Quanto às competências, é preciso considerar a capacidade que essa pessoa tem de aliar o conhecimento técnico a uma série de fatores comportamentais, em especial o trabalho em equipe. No geral, envolve características que precisam ser desenvolvidas, sempre de acordo com os interesses de determinada área e/ou instituição.
Entender essa diferença é fundamental para estruturar as trilhas de aprendizagem segundo as necessidades reais dos alunos da sua IES. Além disso, deve-se levar em conta os desafios reais do mercado em que atuarão.
Leia também: 👉 Como aplicar o ensino por competências no ensino superior
Principais tipos e modelos de trilhas no aprendizado
No geral, é possível escolher entre dois tipos de trilhas de aprendizagem: gerais e específicas.
No primeiro caso, o foco está em uma demanda ampla. Geralmente, é pertinente para grandes organizações que estão em busca de métodos para qualificar a ação de equipes inteiras. Assim, há um enfoque em procedimentos padronizados.
Já no segundo, o objetivo é potencializar em relação a habilidades e competências específicas, como o próprio nome sugere. Essa prática costuma ser mais comum em instituições que precisam gerar impacto em áreas estratégicas.
Também existem dois modelos de trilhas de aprendizagem: lineares e agrupadas.
No caso da linear, os objetos de aprendizado são colocados em sequência. Portanto, para que um seja iniciado, o anterior deve ter sido concluído. Dessa forma, o professor orienta o desenvolvimento do estudante.
No modelo agrupado, a liberdade é maior. Não existe uma ordem previamente determinada, mas sim uma quantidade mínima de módulos que devem ser finalizados. Dessa maneira, cabe ao aluno dar ênfase àquilo que julgar mais interessante.
Como aplicar as trilhas de aprendizagem na IES
É preciso fazer uma análise prévia a respeito dos resultados do curso e da experiência dos alunos da IES para, a partir disso, pensar em caminhos que vão levar à sua evolução e, consequentemente, criar boas oportunidades.
Então, comece identificando o que é mais importante para a área à qual pertence determinada graduação e avalie quais são as habilidades e competências que são essenciais para esse mercado de trabalho.
Feito isso, faça um estudo dos conhecimentos e das características que os estudantes já desenvolvem nas disciplinas da sua IES e compare com o cenário ideal.
As trilhas podem começar a ser construídas quando você enxerga diferenças entre o que cada matéria precisa e o que os alunos já apresentam.
A criação dos módulos a serem estudados deve seguir uma lógica progressiva, em blocos que representem partes menores de um conhecimento maior a ser construído.
Por fim, insira avaliações de desempenho no término de cada módulo, para entender se o aprendizado se deu da maneira esperada ou não.
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3 principais benefícios das trilhas de aprendizagem
Contar com um processo estruturado de construção de habilidades e competências é essencial para que os egressos consigam ter maior destaque profissional e, consequentemente, a IES também possa se diferenciar da concorrência.
A realidade é que boas instituições se distinguem das demais justamente quando conseguem desenvolver os seus alunos integralmente, de modo que eles sejam aptos para resolver os problemas da sociedade e do mercado.
Assim, entre outras vantagens de aplicar trilhas de aprendizagem, temos:
- o incentivo à autonomia por parte do estudante, já que ele poderá escolher o caminho que deseja para construir a evolução do seu conhecimento;
- o alinhamento entre os objetivos de quem ensina e de quem aprende, uma vez que o método cria meios para que o desenvolvimento de habilidades e competências aconteça de acordo com os interesses do aluno, mas dentro de uma abordagem específica que é planejada pelo professor;
- o progresso individualizado, algo que costuma não ser comum em modelos mais tradicionais de ensino, que procuram adaptar o estudante a teorias e práticas, muitas vezes sem tanta atenção ao seu perfil.
Sem dúvida, vale a pena conhecer e se aprofundar nesse tipo de estratégia. As trilhas de aprendizagem simplificam a assimilação de conceitos e são especialmente indicadas para a formação de profissionais do presente e do futuro.
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