A educação do futuro traz novos meios de ensinar e aprender. Aliada às novas tecnologias, facilita o processo educacional e gera autonomia de aprendizagem.
Desde agosto de 2019, os alunos de graduação da National University of Singapore podem criar suas próprias disciplinas acadêmicas.
Os interessados deveriam montar grupos de pelo menos 10 pessoas e submeter uma proposta à diretoria acadêmica. Caso aprovado, eles poderiam chamar experts da indústria para atuarem como tutores ou selecionar cursos da plataforma online edX.
Com essa iniciativa, a NUS busca possibilitar uma maior apropriação da jornada de aprendizagem do aluno, além de fomentar a procura por conteúdos ainda não disponíveis na grade curricular da universidade, que pode ir desde tecnologia de blockchain, sustentabilidade e mudanças climáticas, fotografia, dentre outros.
Ok! Mesmo que essa iniciativa seja aplicável em apenas 4 créditos no curso (o que representa somente 2,5% de uma graduação de 4 anos), já é possível identificarmos duas grandes tendências educacionais que impactam na educação do futuro. Veja!
1. A onda da personalização não poupa ninguém
Uma universidade – sobretudo advinda de um país onde a educação é frequentemente um assunto religioso – agora permite que os alunos comecem a construir uma aprendizagem personalizada. Então, qual é a mensagem aqui?
Nenhuma empresa ou setor está isento de atender às crescentes expectativas de personalização. Oprimidos pela abundância de opções, os consumidores adotarão ferramentas que os ajudarão a identificar a opção mais relevante para eles.
E vemos isso evoluindo desde alertas baseados na sua localização até formas de personalização recentemente desenvolvidas com base em novos tipos de dados, como um bom exemplo abaixo:
42% dos consumidores britânicos agora estão interessados em dietas que levam em conta o seu DNA (Mintel, out/2018).
Surge, então, o questionamento: de que modo a busca por ofertas hiper-personalizadas e hiper-relevantes pode impactar o cenário da educação superior no Brasil?
2. Adaptar para competir
Um número crescente de gestores de universidades é atormentado por ansiedades em relação ao que o futuro da educação nos reserva coletivamente e como indivíduos.
Apenas um indicador: em todo o mundo inúmeras pessoas acreditam que a tecnologia deve substituir o trabalho humano (Pew Research, set/2018).
Ao permitir que os alunos criem seus próprios módulos e trilhas de aprendizagem, a Universidade Nacional de Singapura está adaptando seu programa a um mercado de trabalho em constante evolução e volatilidade. Quais medidas a sua IES pode implementar para capacitar os docentes e inovar, a fim de obter sucesso nesse novo mercado totalmente digital?
Fonte: TrendWatching
Food for thought!
Aliado ao desafio de hiper-personalização na educação (além, claro, da precariedade do ensino público e oportunidades existentes nesse setor) pudemos acompanhar nos últimos anos tendências de reskilling e upskilling, além das skills digitais mais procuradas no mercado de trabalho.
Em 2019, o LinkedIn lançou uma pesquisa que listou as 10 habilidades mais procuradas pelas grandes empresas. O mais interessante é que a maioria delas são denominadas soft skills, habilidades comportamentais.
Nesse cenário, de que maneira a sua IES pode implementar soluções digitais criativas e personalizáveis para os alunos e professores? Como desenvolver as soft skills em conjunto com as hard skills na graduação? Quais são as estratégias e recursos necessários para que a sua instituição de ensino superior se torne uma referência de ensino e disrupção?
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