Um dos objetivos da educação atual em todo o mundo é reduzir a lacuna tecnológica entre as pessoas, e, com a alfabetização digital, isso é possível. 

  1. O que é literacia digital e por que ela é fundamental no ensino superior?
  2. Como evoluiu a literacia digital e quais são seus desafios?
  3. 5 razões poderosas para implementar a alfabetização digital
    3.1. Otimização de processos acadêmicos e administrativos
    3.2. Aumento da disponibilidade de informações estratégicas
    3.3. A literacia digital é uma peça-chave na multidisciplinaridade
    3.4. O mercado de trabalho é cada vez mais global e digital
    3.5. As instituições de ensino superior que não promoverem a literacia digital perderão competitividade

A alfabetização digital é uma prioridade para o ensino superior: embora a população universitária de hoje tenha nascido na era dos chamados “nativos digitais”, nem todos têm as habilidades tecnológicas de comunicação e gestão necessárias para enfrentar o mercado de trabalho. 

Desde o surgimento da Internet, os ambientes digitais e a tecnologia a eles associada não pararam de evoluir e ganhar terreno; a inovação é a única constante, e a tendência indica que nossos alunos se desenvolverão profissionalmente em um ambiente VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo).  

No entanto, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a chamada exclusão digital ainda é uma realidade muito presente – especialmente nos países em desenvolvimento – que tem profundas consequências econômicas e sociais em centenas de comunidades sem acesso, uso ou apropriação das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação).

O que é literacia digital e por que ela é fundamental no ensino superior?

De acordo com o Programa Informação para Todos (IFAP) da Unesco, ecossistemas de informação universais, acessíveis, com base em direitos e participativos e uma Internet aberta são essenciais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.  

Essa realidade ficou muito mais evidente durante a pandemia, quando aproximadamente oitocentos milhões de alunos não puderam continuar seus estudos por não disporem da tecnologia ou do conhecimento necessários para ter aulas on-line.  

Nesse sentido, a alfabetização digital também é um esforço estratégico de inclusão social e, por isso, os governos dos países em desenvolvimento precisam redobrar esforços e investimentos em infraestrutura digital.  

Contudo, o acesso à informação e às ferramentas digitais depende não só de sua acessibilidade, mas também do fato de os usuários saberem utilizá-las e estarem motivados a aproveitá-las para o próprio desenvolvimento pessoal e profissional.  

Portanto, a alfabetização digital é muito mais do que nos familiarizarmos com as tecnologias mais utilizadas atualmente. É aprender a nos mantermos atualizados, perdendo o medo de experimentar novas ferramentas e aperfeiçoando um senso crítico que nos permite identificar suas vantagens e seus riscos. 

Cabe destacar que, nas instituições de ensino, a alfabetização digital não é apenas um esforço realizado com os alunos, é também uma filosofia extensa para professores, funcionários administrativos e autoridades acadêmicas.  

Leia também: 👉 5 ferramentas digitais para a educação muito úteis a professores

Como evoluiu a literacia digital e quais são seus desafios?

Apenas algumas décadas atrás, a noção generalizada de alfabetização digital consistia em aprender a usar a automação básica de escritórios, a realizar buscas nas primeiras versões da Internet e, no máximo, criar sites simples em HTML.  

Atualmente, o universo das TICs é muito mais vívido, e sua aplicação diária em centenas de disciplinas e áreas profissionais abrange questões muito mais complexas, como uso da tecnologia em nuvem, programação, análise de big data, inteligência artificial e machine learning, posicionamento web, e um longo etc.  
 
As noções digitais com as quais temos que estar familiarizados hoje para podermos dizer que somos alfabetizados nesse aspecto são infinitamente mais abundantes do que aquelas de que necessitavam as gerações anteriores.  

Por essa razão, o ensino de ferramentas tecnológicas deixou de estar restrito à disciplina de “computação” para ser um eixo transversal de fundamental importância em todos os planos acadêmicos do ensino superior.  

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5 razões poderosas para implementar a alfabetização digital

É pouco realista pensar que os alunos chegam ao ensino superior com conhecimentos tecnológicos que vão além do meramente superficial e, ao deixar de lado essa importante questão, corremos o risco de uma verdadeira desatualização profissional no momento de seu ingresso no mercado de trabalho.  

Aqui estão cinco razões poderosas para priorizar a alfabetização digital em sua faculdade que talvez você não conhecesse:

1. Otimização de processos acadêmicos e administrativos

Quando alunos, professores e funcionários estão alinhados com as ferramentas digitais disponíveis em nossa organização, muitos processos podem ser simplificados e inúmeros erros, evitados. 

Uma cultura de alfabetização digital permanente abrange todos os atores envolvidos na educação e não apenas torna os alunos mais competitivos, como também a instituição acadêmica como um todo.  

Do mesmo modo, uma atitude positiva em relação às TICs ajuda a reduzir a resistência à adoção de novas tecnologias e processos, uma vez que eles não são interpretados como uma ameaça, mas como uma oportunidade para melhorar as condições de trabalho e de aprendizagem a todos.  

Leia também: 👉 4 formas de incluir a tecnologia educacional na universidade

2. Aumento da disponibilidade de informações estratégicas

A alfabetização digital nas universidades resulta em maior uso de sistemas tecnológicos e aplicativos em nuvem para realizar tarefas cotidianas, desde a imersão no conteúdo didático até a realização de exames.  

Essa migração de atividades para o território virtual, além de torná-las muito mais ágeis e monitoráveis, pode enriquecer o volume e a qualidade dos dados que utilizamos para tomar decisões estratégicas por meio da análise de informações.  

Por exemplo, uma inteligência artificial com bom acesso aos dados comportamentais dos alunos pode nos ajudar a detectar tendências ou fatores de risco para o abandono escolar.

3. A literacia digital é uma peça-chave na multidisciplinaridade

Os sistemas de informação não só facilitam a comunicação humana, como também promovem uma troca de informações entre diferentes disciplinas e áreas do conhecimento.  

Graças à alfabetização digital avançada, os alunos podem aproveitar a tecnologia para criar pontes entre sua área de especialização e outros conhecimentos, para “traduzir” dados acionáveis de uma língua epistemológica a outra e, assim, ter mais elementos para responder a perguntas e encontrar soluções a problemas muito complexos e multideterminados.  

4. O mercado de trabalho é cada vez mais global e digital

As tendências do home office e o nomadismo digital já são uma realidade global que está moldando profundamente os esquemas trabalhistas atuais.  

Tem sido justamente graças aos modernos sistemas digitais que o trabalho remoto está deixando de ser a exceção para se tornar a regra, e isso não significa apenas que mais e mais pessoas querem trabalhar em casa ou de qualquer lugar do mundo, mas também que as empresas estão priorizando a contratação crossboarder.  

Esse fenômeno é especialmente relevante no campo tecnológico, mas grandes empresas de países desenvolvidos também estão contratando cada vez mais talentos de países em desenvolvimento para realizar tarefas administrativas, de gestão em saúde, design, criação de conteúdo e marketing, entre outras.  

A alfabetização digital permite a nossos alunos que naveguem no mundo virtual das oportunidades de trabalho remoto, expandindo as próprias chances de obter uma boa renda.  

Leia também: 👉 Como preparar seus alunos para serem nômades digitais?

5. As instituições de ensino superior que não promoverem a literacia digital perderão competitividade

Finalmente, podemos ver cada vez mais programas de estudo direta ou indiretamente relacionados à tecnologia digital e à globalização.  

Algumas instituições já têm workshops que vão além da programação e da análise de dados, e ensinam os alunos a editar o próprio conteúdo e a espalhar sua marca pessoal através das mídias sociais, para mencionar apenas uma das muitas aplicações da tecnologia no cenário profissional de hoje.  

A importância que os alunos dão à preparação digital na faculdade continua a crescer e, por isso, eles estão procurando currículos que os preparem melhor para o mundo do futuro. As instituições que ficarem para trás nesse sentido poderão ver suas matrículas bastante reduzidas.  

Se você quer que sua instituição de ensino superior não apenas se mantenha competitiva, mas se destaque entre as muitas opções das novas gerações, é necessário que a alfabetização digital avançada faça parte de sua filosofia institucional.  

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Referências

GISBERT, M.; ESTEVE, F. Digital leaners: la competencia digital de los estudiantes universitarios. La cuestión universitaria. 2011. Disponível em: <http://polired.upm.es/index.php/lacuestionuniversitaria/article/view/3359>. Acesso em: 23 mar. 2023. 

NAVARRO, G. et al. La brecha digital: una revisión conceptual y aportaciones metodológicas para su estudio en México. 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.22201/enesl.20078064e.2018.16.62611>. Acesso em: 23 mar. 2023.  

REIS, C.; PESSOA, T.; GALLEGO-ARRUFAT, M. J. Alfabetización y competencia digital en educación superior: una revisión sistemática. REDU. Revista de Ensino Universitário. 2019. Disponível em: <http://polipapers.upv.es/index.php/REDU/article/view/11274>. Acesso em: 23 mar. 2023. 

UNESCO. Brechas, deudas y logros. Lo que la pandemia revela sobre las Sociedades del Conocimiento en América Latina. 2022. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000381994_spa/PDF/381994spa.pdf.multi>. Acesso em: 23 mar. 2023. 

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