5 aplicações da inteligência artificial na educação

Você sabe como a inteligência artificial (IA) avançou no setor educacional? Descubra cinco maneiras inteligentes de aplicar essa tecnologia em sua instituição de ensino!

1. A IA trabalha com algoritmos
2. A inteligência humana usa processos sinápticos
3. Inteligência artificial na educação: tendência que marcará o futuro
4. Como a IA ajuda os professores a otimizar suas aulas?
5. 5 aplicações da IA na educação
   5.1 Assessoria virtual sem intervenção humana
   5.2 Gerentes de avaliação para elaborar exames com IA
   5.3  Registro e avaliação personalizada do desempenho acadêmico
   5.4 Fortalecimento da educação personalizada por meio de crowdsourcing
   5.5 Suporte de IA para projetar material didático personalizado

Hoje existem tantos tipos de inteligência artificial, e já ouvimos tantos conceitos sobre ela que é difícil saber realmente qual é a definição correta. Nesse caso, é melhor abordar o que os especialistas dizem. Veja!

IA é a capacidade dos computadores de realizar atividades que normalmente requerem inteligência humana. - Lasse P. Rouhiainen, expert em IA e Blockchain.

O objetivo da IA é que os computadores façam os mesmos tipos de coisas que a mente pode fazer. - Margaret A. Boden, expert em Informática e autora do livro Artificial Intelligence.

Podemos notar que ambas as definições concordam que a IA busca realizar processos semelhantes aos de um ser humano, ou seja, sua “mente” é projetada para pensar de maneira autônoma.

Mas a IA pode realmente “pensar” como nós? Segundo os especialistas, embora existam sistemas avançados que possam imitar os seres humanos, até agora não existem máquinas que consigam raciocinar perfeitamente como nós, pois nossos processos cognitivos são diferentes.

A IA trabalha com algoritmos

Isso significa que ela usa instruções sequenciais que determinam suas ações. A cada pedido programado, a IA mantém um registro de seus resultados, usando esses dados como referência para “mudar de ideia” e nem sempre repetir o mesmo padrão de comportamento. Isso nos dá a impressão de que está raciocinando por si mesma, mas na realidade está apenas seguindo uma linha de instruções.

A inteligência humana usa processos sinápticos

Nosso cérebro ainda é a máquina mais complexa que existe. Não obedece apenas a algoritmos, mas responde a conexões sinápticas muito mais complexas: impulsos transmitidos às células por neurotransmissores, que são processados pelo cérebro para enviar instruções ao corpo e à mente.

Até agora, os computadores não se apaixonam nem se zangam ou sorriem, e, embora os filmes de ficção científica tenham popularizado a ideia de que já existe uma IA capaz de sentir e raciocinar como os seres humanos, a realidade é que há ainda um longo caminho a ser percorrido para alcançar essa tecnologia.

No entanto, a boa notícia é que os avanços em IA têm sido muito notáveis em outros aspectos, principalmente no desenvolvimento de tecnologia aplicada a setores tão importantes como o da educação.

Aos poucos, a IA se tornou a melhor aliada de professores e alunos em suas aulas, bem como de instituições para otimizar seus processos pedagógicos e administrativos: a cada dia, os sistemas artificiais se concentram mais em aumentar a qualidade do aprendizado em vários aspectos:

• Gerar registros e perfis de alunos que permitem às escolas personalizar sua educação.
• Automatizar processos repetitivos que requerem pouca intervenção humana.
• Gerar novas dinâmicas de interação entre seres humanos e TICs.
• Planejar e desenhar novas estratégias e implementar habilidades digitais com base em análises inteligentes.

Em menos de uma década, a relação entre tecnologia e educação tornou-se mais próxima e indispensável, e tudo parece indicar que a IA já é considerada um dos principais recursos para a inovação da aprendizagem.

Assim como a educação a distância cresceu bastante nos últimos anos, a IA gradualmente terá uma presença maior na aplicação de programas, sistemas e ferramentas essenciais para o processo de aprendizagem.

Inteligência artificial na educação: tendência que marcará o futuro

Em 2019, a UNESCO publicou o Consenso de Pequim sobre Inteligência Artificial e Educação: é o primeiro documento histórico que propõe conselhos e recomendações sobre como tirar mais proveito das tecnologias de IA a fim de alcançar a Agenda 2030 para a Educação.

O Consenso declara oficialmente a integração da IA na educação para enfrentar os desafios de aprendizagem em vários aspectos:

1. Planejar políticas educacionais para aproveitar ao máximo a IA na educação do presente e do futuro.
2. Elaborar novos modelos educacionais que integrem a IA no desenvolvimento de melhores serviços, recursos e ferramentas educacionais para uma aprendizagem mais personalizada e remota.
3. Garantir que a IA capacite os professores em vez de substituí-los, criando programas que reforcem suas capacidades.
4. Preparar a próxima geração de profissionais com os valores e habilidades certos para a vida e o trabalho na era da IA.
5. Promover o uso equitativo e inclusivo da IA, removendo as barreiras de deficiência, status social ou econômico, origem étnica ou cultural ou localização geográfica, enfatizando a igualdade de gênero e garantindo o uso ético, transparente e verificável dos dados educacionais.

Assim como a UNESCO destaca a importância da IA na educação, muitas escolas da América Latina já estão comprometidas com a inovação focada nessa tecnologia, aplicando diversos recursos de IA em seus ambientes de aprendizagem virtual e presencial.

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Como a IA ajuda os professores a otimizar suas aulas?

Muitas das atividades de ensino são de natureza administrativa e podem ser facilmente automatizadas. Contudo, a IA vai muito além: seus recursos também podem ajudar a realizar com sucesso outras atividades diretamente relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem:

1. Agendar anúncios e eventos para distribuição em massa entre os alunos.
2. Programar chatbots para gestão e atendimento aos alunos.
3. Otimizar as pesquisas de conteúdo acadêmico para o planejamento das aulas.
4. Revisar, classificar e avaliar um grande número de exames e outros testes não numéricos – como redações – com programas de IA.
5. Gerir perfis personalizados por aluno para realizar um diagnóstico e controle pontual de sua utilização.
6. Aplicação de provas avaliativas remotas.
7. Obter dados estatísticos para analisar e diagnosticar a situação acadêmica dos alunos, o que permitirá tomar melhores decisões sobre as aulas.

Essas são apenas algumas das vantagens que a IA pode oferecer aos professores para otimizar suas aulas, tirando o máximo proveito dessa tecnologia.

5 aplicações da IA na educação

Quando falamos da aplicação da IA na educação, a primeira coisa que vem à mente é a capacidade de automatizar processos. Embora esse seja um dos usos mais recorrentes, na realidade seu potencial e seus benefícios são muito mais amplos.

É por isso que aqui vamos falar sobre cinco maneiras com as quais podemos aplicar a IA na educação, favorecendo os estudantes, professores e responsáveis pelo setor administrativo.

1. Assessoria virtual sem intervenção humana

Há dez anos isso parecia um recurso de ficção científica, mas hoje é possível oferecer aconselhamento virtual e personalizado aos alunos. Em várias escolas da América Latina, o uso de assistentes administrativos baseados em IA já está sendo implementado.

Muitas instituições de ensino na América Latina já estão trabalhando no desenvolvimento desses assistentes virtuais capazes de resolver de maneira personalizada as dúvidas dos alunos. Porém, como essa tecnologia funciona?

Basicamente, softwares de IA (chatbots) são usados a fim de gerar conversas realistas; para isso, a comunidade acadêmica deve configurar o sistema, “alimentando-o” com as informações necessárias para que suas respostas sejam cada vez mais precisas e assertivas.

Um exemplo de assessoria virtual:

• Os alunos têm dúvidas sobre a data em que receberão os resultados de sua avaliação.
• O chatbot pode ser configurado para responder à pergunta: “Resultados do teste de inglês”.
• O chatbot pode solicitar o nome do professor e da turma ou disciplina, e, com esses dados, selecionar a data em que os resultados serão publicados – até mesmo fornecer um link para visualizá-los se já tiverem sido publicados.

2. Gerentes de avaliação para elaborar exames com IA

Um dos processos mais exaustivos para um professor é a aplicação e a qualificação de testes e exames. É uma atividade que, na maioria dos casos, tende a ser repetitiva e a consumir muito tempo que poderia ser mais bem aproveitado.

A adoção de IA para essa tarefa é algo que pode ser de grande benefício para as instituições, permitindo que apliquem exames de avaliação aos alunos de modo mais automatizado, seguro e eficiente. Dessa forma, também fica muito mais fácil para o professor qualificar com alto grau de precisão por meio dessa tecnologia. Além de usar um programa que dá um resultado numérico, estamos falando de sistemas inteligentes que podem avaliar, detectar anomalias, oferecer estatísticas e até fazer cálculos de valor.

Hoje, isso é possível com plataformas digitais como o EdTest.ai, um gerenciador de avaliação baseado em IA que permite gerar bancos de questões alterando aleatoriamente os itens dentro do exame, ajustando-se às disciplinas e aos conteúdos de cada instituição.

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3. Registro e avaliação personalizada do desempenho acadêmico

Manter um registro e controle do desempenho acadêmico dos alunos é um processo que pode ser tão exaustivo quanto a avaliação de provas, além de se tornar mais complexo se for feito de modo personalizado.

Programas de IA para análise e gerenciamento de aprendizado oferecem aos alunos o acompanhamento do próprio progresso, registrando-o em detalhes com base em variáveis como o número de acertos em um teste, tempo de resolução e recorrência de erro em determinadas questões.

Dessa forma, esses sistemas permitem ao professor obter um diagnóstico imediato e em tempo real dos pontos fortes, pontos fracos e áreas de oportunidade dos alunos a partir dos dados recolhidos e processados em formato de relatório, atividade que manualmente pode demorar semanas ou meses.

4. Fortalecimento da educação personalizada por meio de crowdsourcing

Crowdsourcing é um termo criado pelo jornalista Jeff Howe e refere-se à capacidade de gerar ambientes colaborativos projetados para que as pessoas possam trabalhar na resolução de uma ou mais atividades, contribuindo com ideias e recursos de todos os tipos.

Sistemas como Brainly ou Quora tornaram-se muito populares por conta de sua propriedade de reunir um grande número de pessoas de todo o mundo que contribuem com ideias sobre um tópico específico.

No caso do Brainly, seus desenvolvedores se concentraram na criação de um sistema que determina gradualmente o nível dos usuários e permite a eles que acessem questões mais complexas, motivando-os a aumentar a autoaprendizagem.

5. Suporte de IA para projetar material didático personalizado

Embora os professores tenham as melhores intenções de aprimorar suas aulas, devemos considerar que nem sempre eles têm tempo ou recursos para atender às necessidades didáticas de cada aluno de maneira personalizada.

Hoje podemos contar com IA para acessar conteúdos pensados especificamente para determinado grupo ou aluno. Empresas como a Content Technologies trabalham há anos na criação de IA capaz de definir quais são os conteúdos, recursos e ferramentas mais adequados para um perfil específico.

De aplicativos a livros didáticos e conteúdo multimídia, essa IA estabelece quais materiais terão o maior impacto pedagógico no aluno-alvo. Outros sistemas semelhantes podem até criar automaticamente testes a partir de conteúdo anterior, reduzindo o tempo de preparação para exames em até 80%.

É fato que a IA continuará avançando e melhorando os processos de aprendizagem. Agora que você conhece algumas das aplicações mais importantes na educação, o que você acha dessas informações? Você já possui um sistema de IA em sua instituição?

Se ainda não conta com um sistema de avaliação on-line baseado em IA, convidamos você a conhecer o EdTest.ai, um banco de avaliação on-line robusto, que possui um portfólio de questões de múltipla escolha capazes de avaliar tanto conhecimentos gerais quanto específicos.

Seu avançado sistema de IA permite gerar dinamicamente exames com perguntas aleatórias, com seções que alteram as questões da prova de acordo com suas necessidades, além de garantir a máxima segurança durante todo o processo.

Referencias

Benítez, R., Escudero, G., Kanaan, S., & Rodó, D. M. (2014). Inteligencia artificial avanzada. Editorial UOC.

Boden, M. A. (2017). Inteligencia artificial. Turner.

Padilla, R. D. M. (2019). La llegada de la inteligencia artificial a la educación. Revista de Investigación en Tecnologías de la Información: RITI, 7(14), 260-270.

Rouhiainen, L. (2018). Inteligencia artificial. Madrid: Alienta Editorial.

León Rodriguez, G. D. L. C., & Viña Brito, S. M. (2017). La inteligencia artificial en la educación superior. Oportunidades y Amenazas.