A aprendizagem autodirigida e os cursos autogeridos são estratégias poderosas que qualquer universidade precisa saber aproveitar. 

  1. Por que os cursos autogeridos devem fazer parte da formação universitária?
  2. O grande desafio da aprendizagem autodirigida para professores
  3. Cursos autogeridos e sua relevância no ensino superior moderno
  4. Como desenvolver cursos autogeridos para a aprendizagem autodirigida?
  5. Pearson: cursos autogerenciados, educação personalizada e credenciais de alta demanda

Universidades como Harvard, Stanford e MIT têm aproveitado todo o potencial do aprendizado autodirigido e dos cursos autogerenciados há uma década ou mais. Essa não é apenas uma prova irrefutável de que são estratégias eficazes para alcançar os objetivos acadêmicos do ensino superior, mas também de que são parte essencial da inovação rumo a novos modelos educacionais do futuro. 

Sem dúvida, as estratégias e abordagens de ensino dos professores têm o poder de fortalecer ou desencorajar a curiosidade dos alunos: quanto mais centradas no aluno e personalizadas forem as experiências de aprendizagem, maior será a curva de aquisição e retenção de conhecimento, mas, mais importante, uma habilidade-chave para o século XXI será fortalecida: a de aprender a aprender. 

As pesquisas mostraram que jovens e adultos que desenvolvem a própria curiosidade e a aprendizagem autodirigida são indivíduos autodiscernidos e altamente adaptáveis, capazes de experimentar diferentes tópicos e ideias, e com habilidades interpessoais fundamentais para o desenvolvimento profissional, como a resolução de problemas e a capacidade de pensar “fora da caixa”.  

Hoje vamos explorar a importância da aprendizagem autodirigida nas universidades e como ela pode ser usada no ensino para aumentar a competitividade, a empregabilidade, a satisfação e a lifelong learning.  

Leia também: 👉 O que é lifelong learning e qual é seu impacto para os estudantes universitários?

Por que os cursos autogeridos devem fazer parte da formação universitária?

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Quer queiramos quer não, vivemos em um mundo em constante evolução, e os métodos tradicionais de formação profissional estão se tornando obsoletos cada vez mais depressa, à medida que os avanços da tecnologia e das indústrias tendem a se mover muito mais depressa do que a capacidade das universidades de atualizarem os próprios currículos acadêmicos.  

De fato, quando a internet e as tecnologias digitais chegaram, milhares de pessoas tiveram que encontrar uma forma de se “reciclar” para que o próprio perfil profissional continuasse relevante.  

A aprendizagem autodirigida é um processo no qual os indivíduos tomam a iniciativa de diagnosticar as próprias necessidades de aprendizagem, formular objetivos, identificar recursos, escolher e implementar estratégias apropriadas e avaliar os resultados do processo de acordo com os próprios interesses. 

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Incentivar a aprendizagem autodirigida por meio de cursos autogeridos bem projetados ajuda os alunos a se tornarem responsáveis, autônomos e mais bem preparados para as complexidades do cenário de trabalho que enfrentarão. 

Como se não bastasse, o fato de a esperança de vida estar cada vez maior está aumentando drasticamente os anos de trabalho das pessoas e, em muitos casos, mais de uma profissão é aprendida e exercida ao longo do ciclo de vida. Fomentar a aprendizagem autodirigida é uma estratégia para formar profissionais que saibam se adaptar às mudanças e desenvolver as habilidades necessárias para uma (ou mais) carreira satisfatória e gratificante. 

Não se esqueça de que as lições aprendidas em uma área podem ser aplicadas a outra área completamente diferente, criando conhecimentos e pontos fortes únicos. A aprendizagem autodirigida também pode ajudar os alunos a encontrarem um propósito e uma paixão dentro de uma das especialidades relacionadas à própria carreira, ou desenvolver projetos multidisciplinares ou empreendimentos que eles não teriam ousado seguir por meio de treinamentos mais tradicionais. 

Finalmente, a aprendizagem autodirigida promove a agência da aprendizagem dos alunos e uma atitude de “eu posso”, capacitando-os a serem aprendizes independentes. Ao mesmo tempo, pessoas mais propensas a aprender por conta própria também costumam formar redes e comunidades com indivíduos que têm interesses semelhantes ou conhecimentos complementares, fomentando uma mentalidade colaborativa.  

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O grande desafio da aprendizagem autodirigida para professores

Quando um professor assume o controle absoluto do que acontece em sala de aula e mesmo ao longo de toda a disciplina que ensina, por mais eficazes que sejam seus resultados, eles inevitavelmente prejudicam a capacidade dos alunos de pensar criticamente, tomar as próprias decisões e colaborar com os outros.  

Além disso, direcionar demais o processo de aprendizagem impede que inclinações de liderança e interesses individuais se manifestem de maneira natural, aos quais o que foi aprendido pode estar ligado.  

Para implementar cursos autogeridos, os professores devem, primeiramente, dominar uma série de ferramentas e estratégias que posicionem o aluno como protagonista da própria formação:

  • Ensinar os alunos a definir e gerenciar metas.
  • Permitir a eles que escolham e trabalhem em grupos com base em interesses compartilhados.
  • Dar voz a eles na escolha dos projetos.
  • Permitir a eles que escolham os próprios recursos de aprendizagem, ferramentas e aplicativos.
  • Incentivar os alunos a fazer autoavaliações.  
  • Explicar como identificar habilidades que precisam ser desenvolvidas.
  • Aproveitar as ferramentas digitais disponíveis para desenvolver experiências educacionais autônomas.

Isso, para muitos professores, pode apresentar desafios significativos, em especial para aqueles que são naturalmente mais estruturados e preferem experiências previsíveis. A aprendizagem autodirigida, em comparação com a aprendizagem padronizada, pode parecer “caótica” no início, mas, quando confiamos na capacidade dos alunos de encontrar o próprio caminho e damos a eles ferramentas reais e motivação para fazê-lo, mais cedo ou mais tarde fica claro que um pouco de desordem permite a efetivação de objetivos muito mais relevantes, interessantes e até ambiciosos.

Cursos autogeridos e sua relevância no ensino superior moderno

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Como já mencionamos, as melhores universidades do mundo costumam ter uma ampla gama de cursos autodirigidos. Isso permite que levem conhecimento a muito mais alunos, independentemente das fronteiras, além de oferecer espaços de treinamento mais acessíveis que promovam uma maior colaboração intercultural. 

A educação autodirigida leva pessoas diferentes por caminhos diversos e visa buscar a singularidade em detrimento da conformidade. Por essa razão, não podemos realmente chamar de “cursos autogeridos” as experiências de aprendizagem on-line aprovadas que o aluno pode ter remotamente, mas que são, em essência, exatamente as mesmas para toda a turma, com o mesmo tipo de avaliação e os mesmos resultados esperados.  

Facilitar a aprendizagem digital, sem negar ao estudante universitário a própria liberdade para explorar os próprios interesses e ideias, requer um domínio muito mais profundo dos percursos de aprendizagem personalizados, bem como das estratégias e tecnologias que podem ser aproveitadas para moldar experiências dinâmicas e verdadeiramente adaptativas. 

Para desenvolver cursos autogeridos, também é necessário se atualizar constantemente e manter um diálogo permanente tanto com os alunos quanto com as indústrias e realidades sociais nas quais se desenvolverão após a formatura.  

[Coluna Inside HED] O que alunos querem? A personalização do ensino através da tecnologia

Como desenvolver cursos autogeridos para a aprendizagem autodirigida?

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Para promover a aprendizagem autodirigida e ter sucesso em cursos autogeridos, é crucial estabelecer um ambiente que promova autonomia, responsabilidade e curiosidade intelectual. Vejamos algumas estratégias-chave para conseguir isso:

  • Incentivo à autonomia e à responsabilidade: isso significa encorajar os alunos a tomar decisões informadas sobre o próprio aprendizado, definir as próprias metas e estratégias e ser responsável pelos próprios resultados. Podemos facilitar isso fornecendo opções nas tarefas, permitindo aos alunos que escolham tópicos de interesse e oferecendo projetos que exigem uma tomada de decisão e planejamento independentes.
  • Oportunidades para explorar talentos individuais: os alunos devem ter a liberdade de explorar áreas de interesse pessoal e desenvolver paixões. Isso pode ser alcançado por meio de disciplinas eletivas, projetos de pesquisa independentes e atividades extracurriculares que lhes permitam se aprofundar nos tópicos mais relevantes para eles.
  • Acesso a diversos mentores e recursos: isso inclui não apenas professores e orientadores, mas também profissionais da área, recursos on-line e comunidades de aprendizagem. Esses recursos podem oferecer assistência e orientação, mas também devem incentivar a independência e o pensamento crítico.
  • Aprendizagem entre pares de diferentes disciplinas: incentivar a interação e o aprendizado entre alunos de diferentes idades e disciplinas. Isso pode incluir programas de mentoria, grupos de estudo interdisciplinares e projetos colaborativos que permitem aos alunos que aprendam uns com os outros e valorizem diferentes perspectivas.
  • Imersão em uma comunidade de aprendizagem ativa: criar um ambiente no qual os alunos se sintam parte de uma comunidade de aprendizagem democrática, incentivando a participação em discussões, projetos comunitários e atividades que reforcem a ideia de que suas ações e opiniões têm impacto em seu ambiente educacional e social.
  • Estratégias metacognitivas e automonitoramento: por exemplo, atividades que incluem refletir sobre o próprio processo de aprendizagem e ajustar estratégias conforme o necessário. Isso pode incluir diários de estudo, discussões sobre como aprimorar sua abordagem para tarefas e a resolução de problemas e a prática de autoavaliação.

Ao implementar essas estratégias, os educadores podem criar cursos autogeridos que não apenas promovem a aprendizagem autodirigida, mas também preparam os alunos para serem aprendizes autônomos e adaptáveis ao longo da vida.

Leia também: 👉 Personabilities: fortalece as habilidades interpessoais dos estudantes

Pearson: cursos autogerenciados, educação personalizada e credenciais de alta demanda

Na Pearson, entendemos que cada aluno é único, com diferentes estilos, interesses e objetivos de aprendizagem. É por isso que desenvolvemos uma gama de soluções educacionais que não apenas respeitam, mas também valorizam essa diversidade, mas ao mesmo tempo os preparam melhor para enfrentar os desafios de trabalho de amanhã. 

Aprender a aprender é uma ferramenta inestimável para o futuro de seus alunos, que anda de mãos dadas com uma série de competências interpessoais que são importantes em qualquer ambiente de trabalho e que promovem o sucesso de maneira transversal. É por isso que queremos que você conheça o Personabilities, uma solução de curso autogerenciada projetada para que seus alunos desenvolvam as seguintes soft skills:

  • Liderança
  • Habilidades avançadas de comunicação
  • Pensamento crítico
  • Habilidades de resolução de problemas
  • Responsabilidade social
  • Trabalho em equipe

Com as credenciais digitais de Personabilities, dê a eles o impulso de que precisam para se destacarem e coloque sua instituição um degrau acima na escada de competitividade. Os cursos são modulares, ou seja, podem ser incorporados em diferentes cursos da sua instituição para enriquecer a grade curricular e gerar valor à carreira do estudante. 

Convidamos você a tirar partido dessa e do restante do nosso portifólio de soluções profissionais para a formação profissional. Faça o download do infográfico abaixo e conheça o nosso Ecossistema de Soluções Digitais para o ensino superior! 

Infográfico BoFu Ecossistema de soluções Digitais para IES

Referências

PEREZ, Carlos Alberto et al. The formation of self-management teams in higher education institutions. Satisfaction and Effectiveness. 2023. Disponível em: https://www.tandfonline.com/action/showCitFormats?doi=10.1080%2F03075079.2023.2172565. Acesso em: 13 dez. 2023. 

CHEN L. et al. Self-directed learning: Alternative for traditional classroom learning. 2023. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10116121/. Acesso em: 13 dez. 2023. 

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