A tecnologia inclusiva na educação vem ganhando cada vez mais relevância, pois nem todas as soluções digitais são adequadas para todos. 

  1. O que é inclusão educacional e por que ela é importante?
  2. Tecnologia e inclusão educacional, uma faca de dois gumes?
  3. O menor denominador comum tecnológico na educação inclusiva  
  4. 5 exemplos de tecnologias para a inclusão no contexto educacional
    4.1. Plataformas digitais para educação a distância  
    4.2. Sistemas de mensagens  
    4.3. Tecnologia de realidade aumentada e virtual
    4.4. Ferramentas de acessibilidade
    4.5. Biblioteca virtual 
  5. Exemplos de metodologias educacionais que promovem a inclusão
    5.1. Microlearning
    5.2. Aprendizagem adaptativa
    5.3. Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) de responsabilidade social
  6. Pearson Higher Education: ​​soluções para impulsionar a tecnologia inclusiva em sua instituição

A tecnologia inclusiva tem representado um verdadeiro divisor de águas para milhares de pessoas terem acesso a uma melhor qualidade de vida. No contexto da educação, ela se firmou como um dos fatores decisivos para o desenvolvimento de comunidades inteiras. 

Hoje vamos falar sobre tecnologia inclusiva no ensino superior. Porém, antes de entrar totalmente no assunto, precisamos entender adequadamente o que significa educação para todos e qual o papel que o denominador tecnológico mínimo de cada população específica tem na hora de escolher e adotar determinadas ferramentas digitais.  

O que é inclusão educacional e por que ela é importante?

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Alcançar uma educação realmente viável para todos tornou-se um dos maiores desafios às instituições em todos os níveis, uma vez que a falta de inclusão educacional é um dos fatores que mais contribuem para a manutenção e a promoção da desigualdade social.  

A educação inclusiva parte da premissa de que nem todas as pessoas têm as mesmas necessidades, as mesmas habilidades, os mesmos contextos ou os mesmos estilos de aprendizagem e que, apesar disso, todas merecem ter a chance de acessar uma educação de qualidade que lhes dê as mesmas oportunidades. 

Para isso, é necessário criar condições materiais e tecnológicas que permitam a todos o acesso a experiências educacionais de qualidade, mas é igualmente importante combater ativamente a discriminação e o preconceito em todos os níveis, tanto entre os alunos quanto aqueles que podem vir da própria instituição. Alguns dos mais frequentes são:

  • Classismo
  • Sexismo
  • Racismo
  • Etarismo
  • Intolerância religiosa
  • Capacitismo
[Coluna Inside Higher Education] Aprendizagem Inclusiva: reconheça e gerencie vieses implícitos

Tecnologia e inclusão educacional, uma faca de dois gumes?

Gerenciar o ensino a partir de uma perspectiva inclusiva sempre foi necessário, mas hoje é especialmente urgente e complexo por conta das brechas digitais adicionais que a tecnologia emergente está criando.  

Atualmente, enquanto milhões de pessoas já se beneficiam de dispositivos móveis e conectividade permanente para fins educacionais, praticamente a outra metade da população ainda tem dificuldades de acesso ou uso dessas tecnologias, em especial aqueles que vivem em comunidades rurais ou em situação de pobreza.  

Muito se tem falado sobre a importância da adoção de tecnologias mais inovadoras na educação, mas pouco se comenta sobre como essa adoção pode aprofundar ainda mais as desigualdades, deixando para trás muitos alunos, professores, escolas e comunidades que não conseguem acessar essas tecnologias tão rapidamente.  

A tecnologia pode ser uma ótima maneira de impulsionar a inclusão educacional, mas também pode ser uma faca de dois gumes se não considerarmos cuidadosamente as condições de acessibilidade em nossa comunidade.  

Leia também: 👉 Educação para todos: promova um ambiente inclusivo no ensino superior

O menor denominador comum tecnológico na educação inclusiva  

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O menor denominador comum tecnológico (MDCT) na educação tradicionalmente se refere às habilidades e aos conhecimentos básicos que alunos e professores devem ter para usar efetivamente a tecnologia na aprendizagem e no ensino. No entanto, essa interpretação pressupõe que são as pessoas que precisam se adaptar à tecnologia, e não a tecnologia às pessoas. 

Dentro da perspectiva inclusiva, o MDCT refere-se àquelas tecnologias e àqueles conhecimentos que os usuários já possuem e dominam, e que podem ser a base para que um maior número de pessoas tenha acesso a melhores experiências educacionais.  

Por exemplo, muitos alunos em comunidades remotas não têm um computador com uma conexão de internet de alta velocidade, mas eles têm um smartphone com uma conexão Wi-Fi intermitente.  

Nesse caso, qualquer tecnologia educacional inclusiva para esse setor teria que se adaptar a esse MDCT, que deixa de fora algumas aplicações específicas, como aulas on-line em tempo real e plataformas de learning management system (LMS – sistema de gerenciamento de aprendizagem) que exigem que o aluno faça login a partir de um computador. 

Em resumo, se a educação inclusiva busca garantir que todos tenham as mesmas oportunidades, a tecnologia inclusiva é aquela que não gera obstáculos adicionais para certas pessoas nem promove vantagens especiais apenas àqueles que podem pagá-las.  

Cada instituição precisa analisar detalhadamente qual é o MDCT de seu público-alvo e basear sua infraestrutura tecnológica em acesso viável e simples a essas tecnologias. É importante esclarecer que, paradoxalmente, quanto mais se expande o acesso ao usuário final, mais o planejamento estratégico requer a tecnologia por trás dele.  

Leia também: 👉 Importância do papel do professor na educação socioemocional

5 exemplos de tecnologias para a inclusão no contexto educacional

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Embora geralmente andem de mãos dadas, as tecnologias educacionais são uma coisa e as metodologias são outra. A melhor estratégia é combinar tecnologias e metodologias com alto potencial de inclusão. Vamos começar analisando algumas das ferramentas digitais com maior inserção no ensino com uma abordagem inclusiva:

1. Plataformas digitais para educação a distância  

Expandir o ensino para além das salas de aula presenciais tem sido um dos fatores mais importantes de inclusão àqueles alunos que, por algum motivo, não podem se deslocar a fim de ter aulas presenciais. 

Embora os LMS possam ser configurados como ambientes virtuais de aprendizagem muito abrangentes, é importante lembrar que eles só são realmente úteis para públicos cujo MDCT é um computador de conexão fixa.  

2. Sistemas de mensagens  

O MDCT mais comum na América Latina é um smartphone com conexão intermitente com redes Wi-Fi. Quando queremos proporcionar experiências educativas a esse tipo de público, uma ferramenta que pode ser muito útil são os sistemas de mensagens, como o WhatsApp, pois a maioria das pessoas já está acostumada a utilizá-los no dia a dia. 

Graças aos conteúdos e às metodologias multimídia que veremos mais adiante, como o microlearning, é possível oferecer cursos, workshops, treinamentos e atualizações de todos os tipos por esse meio.  

3. Tecnologia de realidade aumentada e virtual

Embora sejam geralmente mais caros do que as plataformas LMS tradicionais, a realidade aumentada e a realidade virtual como estratégias de inclusão educacional nos permitem criar experiências de aprendizagem práticas e muito eficientes. 

Isso ajuda os alunos a desenvolver e fortalecer habilidades-chave mais rapidamente, desde soft skills interpessoais para a empregabilidade até habilidades técnicas muito específicas, como reparos mecânicos.  

No entanto, não podemos esquecer que as ferramentas físicas para poder utilizar essas tecnologias ainda não estão disseminadas entre toda a população; então, essas são boas opções de inclusão quando também podemos subsidiar o hardware de que os alunos precisam para aproveitá-las.

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4. Ferramentas de acessibilidade  

Este tópico inclui todos os tipos de software e hardware com aplicativos para leitura e escrita no caso de pessoas com deficiência visual, motora ou auditiva ou qualquer outro tipo de dispositivo de assistência.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15% da população mundial vive com algum tipo de deficiência. Com mais ferramentas de acessibilidade tecnológica em cada escola, milhões de pessoas poderiam ter acesso a melhores oportunidades educacionais.

5. Biblioteca virtual  

As bibliotecas virtuais podem desempenhar um papel importante na inclusão educacional, fornecendo aos alunos e educadores acesso a recursos e materiais educacionais de alta qualidade, independentemente da localização geográfica, do status econômico ou da deficiência deles, pois em geral também incluem ferramentas de acessibilidade.

Leia também: 👉 Biblioteca Virtual no ensino superior: tendência que veio para ficar

Exemplos de metodologias educacionais que promovem a inclusão

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A tecnologia, por si só, não é suficiente para viabilizar a inclusão educacional. É fundamental complementá-la com as metodologias pedagógicas mais inovadoras que possam realmente facilitar e simplificar a aprendizagem para todos. Vamos citar três das mais importantes da atualidade.  

1. Microlearning

Microlearning ou microaprendizagem é uma metodologia de ensino que se baseia em unidades muito curtas ou cápsulas de informações que estão ligadas entre si sequencialmente, mas que podem ser consumidas em sua totalidade em um tempo muito curto.  

Isso tem várias vantagens. Por um lado, torna muito mais fácil aumentar a motivação por meio da gamificação; por outro lado, possibilita a pessoas que não contam com uma conexão de internet estável ou não têm muito tempo disponível que acessem os conteúdos no próprio tempo livre e em qualquer lugar que tenha Wi-Fi.  

2. Aprendizagem adaptativa

Essa abordagem de ensino é adaptada às necessidades e às habilidades de cada aluno, usando a tecnologia para personalizar o processo de aprendizagem de cada um, a fim de que possam avançar no próprio ritmo sem ficar para trás, com desafios que são sempre interessantes, mas gerenciáveis de acordo com o próprio nível.  

3. Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) de responsabilidade social

A ABP é uma metodologia de ensino que tem como foco a aprendizagem ativa e o trabalho em equipe para a resolução de problemas e desafios reais. No contexto da inclusão educacional, a ABP com abordagem de responsabilidade social é uma ferramenta muito eficaz para incentivar a participação de todos os alunos na sociedade, independentemente de suas diferenças, mas enfatizando as semelhanças.  

Além disso, a ABP facilita o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como empatia, colaboração e pensamento crítico, que ​​​​podem ser identificadas como competências altamente valorizadas para a empregabilidade.  

Pearson Higher Education: ​​soluções para impulsionar a tecnologia inclusiva em sua instituição  

Na Pearson Higher Education, fazemos parte da maior empresa de serviços de aprendizagem do mundo. Uma das razões pelas quais nossas soluções são tão valorizadas em mais de setenta países é que elas se adaptam às necessidades de um público muito amplo a partir de uma abordagem de inclusão educacional total.  

Tanto nossas tecnologias quanto nossos conteúdos buscam se adaptar ao maior número possível de alunos. Ao escolher a Pearson, você está dando um passo importante rumo à inclusão em sua instituição. Conheça todas as nossas soluções! 

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Constantemente criando e inovando em soluções educacionais para ajudar as instituições de ensino a prosperarem no mercado de Educação Superior.

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