Na educação virtual, o objetivo é trazer um processo de aprendizagem adaptado ao estudante. A realidade virtual ajudará a suprir essa necessidade!
- O que é realidade virtual? Qual a diferença da realidade aumentada?
- Vantagens da realidade virtual educacional e da aprendizagem significativa
- 7 maneiras de usar a realidade virtual educacional
3.1 Passeios históricos e viagens ao espaço
3.2 Ensino de conceitos matemáticos e físicos complexos
3.3 Simulações
3.4 Criatividade e expressão artística
3.5 Salas de aula imersivas e campus virtual
3.6 Convivência e colaboração
3.7 Gamificação - 5 principais aspectos de uma experiência educacional de realidade virtual
A realidade virtual educacional é uma ferramenta cada vez mais adotada por instituições de nível superior. Sabe por quê?
No maravilhoso filme Viagem fantástica (1966), um cientista encolhe um submarino e toda a sua tripulação para o tamanho de uma célula, para que eles possam navegar em sua corrente sanguínea e remover um coágulo em seu cérebro. Ainda que não tenhamos no momento a tecnologia para fazer isso, a realidade virtual educacional nos permite oferecer uma experiência igual ou ainda mais emocionante aos nossos estudantes.
Embora desde seu nascimento esteja ligada principalmente aos videogames, os usos da realidade virtual em escolas ou instituições não param de crescer. De acordo com uma pesquisa realizada entre professores e gestores acadêmicos, essa será a tecnologia com o terceiro maior crescimento e adoção institucional no futuro próximo. Continue a leitura!
O que exatamente é a realidade virtual? Em que se distingue da realidade aumentada?
Esse é um termo que abrange muitos tipos de tecnologia em atuação. Em um nível geral, podemos resumir a realidade virtual como a ciência e a arte de simular os estímulos visuais, auditivos e táteis (em alguns casos, até olfativos) típicos da realidade, por meio de uma experiência imersiva que utiliza tecnologias e dispositivos eletrônicos e mecânicos.
O exemplo mais representativo de realidade virtual que temos atualmente são os videogames em que o usuário fica imerso em um universo virtual através de um visualizador específico. Um passeio virtual pelo Museu do Prado também conta como realidade virtual.
Por sua vez, a realidade aumentada consiste em integrar elementos digitais ao ambiente físico graças ao uso de uma tela ou de um visualizador. Um dos exemplos mais conhecidos é o popular aplicativo móvel Pokémon Go.
Embora a realidade virtual e a realidade aumentada sejam um pouco diferentes, podemos de fato nos referir a ambas usando o primeiro termo, em especial quando falamos de suas muitas aplicações para o ensino.
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Realidade virtual e educação: por que estão se aproximando?
É sabido que os métodos tradicionais de ensino baseados na leitura e na memorização de fatos perderam muito espaço para estratégias que envolvem a visualização e a escuta de conteúdos multimídia, mas estas estão sendo substituídas por ambientes de aprendizagem imersivos e interativos que focam na aprendizagem por meio da ação ou do learning by doing.
É importante deixar claro que o acesso a uma grande quantidade de informações não significa necessariamente que estamos aprendendo; estar informado não é o mesmo que poder usar nosso conhecimento na vida real. Além disso, muita informação recebida de um mesmo canal pode facilmente sobrecarregar as habilidades cognitivas de concentração e retenção.
Estarmos realmente imersos no que aprendemos, com todos os nossos sentidos, aciona nossa motivação ao máximo. Tudo indica que a realidade virtual educacional se tornará uma ferramenta generalizada, porque, entre outras coisas, gerará ambientes de conhecimento muito mais experimentais e práticos.
Vantagens da realidade virtual educacional e da aprendizagem significativa
Estímulos gerados por computador simulam diretamente a realidade e eliminam o “passo extra” que existe, por exemplo, entre ler uma aula de história e imaginar o que aconteceu, ou olhar uma série de coordenadas e abstraí-las graficamente, possibilitando que toda a carga cognitiva se concentre na aprendizagem significativa da informação.
Uma aula ministrada por meio de um ambiente de realidade virtual em sua instituição é assimilada até quatro vezes melhor do que com métodos tradicionais de ensino, em parte porque mais circuitos cognitivos, sensoriais e até emocionais são estimulados ao mesmo tempo, o que permite consolidar mais rapidamente os caminhos neuronais que configuram conhecimento e memórias.
Como se não bastasse, está comprovado que sermos parte ativa de nosso processo de aprendizagem é muito mais eficaz do que simplesmente sermos receptores passivos de informações.
Algumas vantagens adicionais do uso da realidade virtual educacional são:
- Aumenta a competitividade de sua universidade em relação a outras instituições, pois os alunos se formam mais bem preparados para os desafios da vida real.
- Um visor de realidade virtual pode funcionar como um laboratório de ciências ou um museu completo.
- Promove a inclusão e a acessibilidade, permitindo aos alunos com deficiência que tenham acesso a uma experiência igual ou muito semelhante às dos demais.
- Complementa ferramentas de aprendizagem remotas ou híbridas.
- Está se tornando uma tecnologia cada vez mais acessível, principalmente quando comparada aos custos de outras experiências educacionais, como visitar museus ou manusear equipamentos sofisticados.
7 maneiras de usar a realidade virtual educacional
Os usos da realidade virtual na educação são tão amplos e ilimitados quanto a imaginação de professores e gestores educacionais. Apenas para uma ideia geral, aqui detalhamos sete de suas possíveis aplicações:
1. Passeios históricos e viagens ao espaço
Como no exemplo de Viagem fantástica, a realidade virtual na educação possibilita visitar cidades distantes, museus icônicos, ruínas históricas e maravilhas naturais que seriam muito caras (ou impossíveis) de visitar pessoalmente.
Desde uma simulação em 360° de um campo de batalha de uma guerra civil até um passeio na primeira fila pela Via Láctea ou pelas estruturas do cérebro, a realidade virtual nos permite quebrar as barreiras do tempo e do espaço.
2. Ensino de conceitos matemáticos e físicos complexos
Um dos principais desafios para os professores de Ciências é fazer seus alunos transformarem os números e os símbolos de equações complexas em representações mentais do que essas funções significam.
Com a realidade virtual na sua instituição de ensino, é possível observar literalmente como a trajetória de uma parábola muda quando se modifica a variável da força do projétil ou da gravidade, onde está localizado exatamente um ponto marcado por coordenadas em um mapa ou como se altera a estrutura de uma molécula ao ser submetida a uma corrente elétrica.
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3. Simulações
No que diz respeito ao desenvolvimento de hard skills ou soft skills, a realidade virtual na educação nos permite interagir com segurança com simulações cujo equivalente na vida real seria muito mais delicado, e no qual um erro mínimo poderia ter consequências fatais.
Por exemplo, realizar uma cirurgia de coração aberto, controlar o tráfego aéreo, negociar a situação de reféns, identificar situações de risco em uma fábrica ou apagar um incêndio.
As simulações também funcionam para exercitar todo tipo de técnicas em diferentes áreas do conhecimento, aprender a usar equipamentos especializados e desenvolver soft skills como comunicação assertiva e empatia.
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4. Criatividade e expressão artística
A realidade virtual no ensino não serve apenas para oferecer conteúdo interativo e imersivo, mas também para criá-lo. As diferentes ferramentas multimídia dessa tecnologia podem ser colocadas a serviço da criatividade artística dos alunos da mesma forma que o fazemos com uma tela em branco ou com um instrumento musical.
5. Salas de aula imersivas e campus virtual
Com a realidade virtual e a realidade aumentada, podemos amalgamar harmonicamente os espaços físicos e os canais digitais de nossa organização. Por exemplo, uma sala de aula imersiva pode ser transformada em uma paisagem em Marte ou em um tribunal de justiça.
A realidade virtual é um recurso cada vez mais integrado por universidades em seus esforços para consolidar a educação híbrida de qualidade. Já existem instituições de ensino superior que possuem um campus virtual idêntico às suas instalações físicas, com bibliotecas, auditórios, laboratórios etc.
O objetivo é que os estudantes remotos possam visitar as instalações e interagir com professores, administradores e colegas, como se estivessem fisicamente nelas.
6. Convivência e colaboração
Sabemos que a tecnologia não pode substituir a interação humana; o que ela pode fazer é habilitá-la e ajudá-lo a superar as barreiras espaço-temporais.
Os diferentes metaversos são espaços virtuais nos quais podemos interagir com outras pessoas graças a nossos avatares; eles são muito úteis para ter conversas significativas e compartilhar conhecimentos e pontos de vista.
Por exemplo, por meio da realidade virtual, podemos manter conversas com falantes nativos ou professores de outro idioma, que, por sua vez, podem apontar para os objetos aos quais estão se referindo quando não sabemos o significado da palavra.
7. Gamificação
Por fim, não surpreende que a realidade virtual e a gamificação tenham uma relação privilegiada. Simulações imersivas e interativas podem ser gamificadas de várias maneiras para multiplicar ainda mais o potencial de motivação e engajamento dos alunos.
Por exemplo, em um curso de história da arte, poderíamos gamificar um tour por um museu, pedindo aos alunos que selecionem obras de determinado período para obter pontos, enquanto visualizam quantos pontos seus colegas fizeram.
5 principais aspectos de uma experiência educacional de realidade virtual
Para que a realidade virtual educacional seja uma verdadeira ferramenta de aprendizagem, ela deve ser:
- Imersiva: ou seja, o usuário realmente sente que está vivendo a experiência, como se estivesse lá.
- Fácil de usar: nenhuma habilidade complexa ou conhecimento especial deve ser necessário para usar o visor ou o aplicativo de realidade virtual.
- Significativa: a experiência deve ser relevante para o usuário, seja por sua história pessoal, seja por suas possíveis aplicações na vida real.
- Adaptativa: as experiências de realidade virtual na educação devem ser baseadas na aprendizagem adaptativa, ou seja, devem permitir que os alunos progridam no próprio ritmo e controlem gradualmente o nível de dificuldade.
- Mensurável: por fim, é importante ter uma ferramenta que possa fornecer as principais métricas relacionadas ao progresso do aluno nos objetivos estabelecidos.
O ensino superior está passando por muitas mudanças para se adaptar às demandas do novo contexto. Uma delas é a ampla adoção de tecnologias digitais e de realidade virtual. Se você não sabe por onde começar a fazer essa transição em sua instituição, venha até nós.
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Referências
Edel-Navarro, Rubén. (2010). Entornos virtuales de aprendizaje: la contribución de "lo virtual" en la educación. Revista mexicana de investigación educativa.
http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1405-66662010000100002&lng=es&tlng=es.
Dialnet, Realidad aumentada y realidad virtual para la enseñanza - aprendizaje del inglés. https://dialnet.unirioja.es
Quiroz, J. S. (2011). Diseño y moderación de entornos virtuales de aprendizaje (EVA). Editorial UOC.
Sousa Ferreira, Regivaldo; Campanari, Rogério; Rodrigues Ancioto, Alex Sandro. (2021) a realidad virtual como herramienta para la educación básica y profesional.
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