A leitura como recurso no ensino superior virtual traz novas perspectivas para a inovação educacional e para a motivação constante dos estudantes.
- Como transformar a leitura em um recurso efetivo de aprendizagem
- 5 estratégias para potencializar a leitura no ensino superior
2.1 Treine os estudantes para leitura e pesquisa digital
2.2 Aprimore a leitura no ensino superior com recursos dinâmicos
2.3 Implemente objetivos de leitura estratégicos
2.4 Aplique exercícios de inferência
2.5 Leitura multidisciplinar - Benefícios do uso de conteúdo digital para os universitários
- 3 sinais de um conteúdo digital bem desenhado
Há alguns anos, o conteúdo digital era considerado apenas um substituto ou complemento para o material didático. Hoje, já se tornou uma tendência da leitura digital e estudo a distância. Sabemos que um conteúdo educativo virtual bem projetado pode ser absorvido tão efetivamente quanto o material impresso e inclui benefícios adicionais para os leitores do ensino superior.
De certa forma, isso não é uma surpresa. Os estudantes — e todos nós — consomem mais conteúdo online do que nunca, e a tecnologia de aprendizagem continua avançando em grandes saltos ano após ano. O recurso finalmente está atendendo às necessidades dos estudantes e das instituições educacionais, principalmente em tempos de ensino remoto.
O material didático digital se tornou um dos principais meios para incentivar a leitura no Brasil e para o ensino superior pode ser uma estratégia interessante para melhorar a taxa de captação, engajamento e retenção de estudantes. Acompanhe!
Como transformar a leitura em um recurso efetivo de aprendizagem do ensino superior virtual
Segundo uma pesquisa realizada pela Retratos da Leitura no Brasil, em 2020, nos últimos quatro anos, o país perdeu mais de 4,6 milhões de leitores e uma das principais razões é a expansão do acesso à internet.
De acordo com os dados da pesquisa, as pessoas estão utilizando o seu tempo livre para navegar na internet e nas redes sociais, ao invés de praticar a leitura para absorver conteúdos que agregam ao conhecimento e ao desenvolvimento pessoal.
Até mesmo os universitários estão perdendo o hábito da leitura. Mas aqui vão alguns destaques importantes da pesquisa:
- Alguns leitores disseram que não leem mais porque os livros são caros.
- Alguns leitores dizem que não leem mais porque não têm acesso a uma biblioteca próxima.
Com base nesses resultados, chegamos à conclusão de que uma plataforma digital para leitura é uma das melhores formas de motivar a leitura no ensino superior, que sana essas e outras necessidades como a acessibilidade, experiência do usuário e a multidisciplinaridade.
A ausência do livro físico já não é mais uma barreira para o aprendizado e desenvolvimento contínuo.
Devemos utilizar a leitura como um recurso essencial para as aulas remotas e como um caminho didático-pedagógico para um desenvolvimento sólido da aprendizagem. Além de restabelecer na rotina dos universitários, a instituição de ensino precisa implementar uma cultura de lifelong learning para que a prática não seja somente utilizada no ambiente de aprendizado, mas sim ao longo da vida do estudante e em toda a sua jornada profissional.
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5 estratégias para potencializar a leitura no ensino superior
1. Oriente os estudantes para leitura e pesquisa digital
Uma coisa é fato: existem algumas habilidades de leitura e pesquisa que precisam ser lapidadas na graduação. Em um ambiente virtual de aprendizagem, os estudantes podem se deparar com uma quantidade grande de informações. Sendo assim, é importante saber o que pesquisar, o que priorizar e o que organizar.
Aqui cabe um pensamento pertinente de Edgar Morin a respeito da relação das informações com a aprendizagem:
A informação é uma matéria-prima que o conhecimento deve dominar e
Integrar.
Nesse caso, podemos alimentar o nosso conhecimento com toda a informação que encontramos online, mas é preciso domínio sobre o que agregar para o nosso próprio desenvolvimento.
Por isso, a instituição de ensino superior deve orientar os estudantes de forma sistêmica para ler, pesquisar e transformar o conteúdo digital de forma construtiva. Esse envolvimento e dedicação já resultam em melhor desempenho e autoconfiança, mas precisa ser um processo do dia a dia de aula.
2. Aprimore a leitura no ensino superior com recursos dinâmicos
O docente deve separar um momento das primeiras aulas do curso para repassar rapidamente pelo conteúdo digital que utilizará na disciplina. Nesse momento, é importante demonstrar aos estudantes, na prática, como destacar os trechos mais importantes, tomar notas e adicionar comentários para uma aprendizagem colaborativa.
Desta forma, os estudantes saberão quais recursos estão disponíveis e como aproveitar o acervo digital da melhor forma. Aliás, estarão mais inclinados a colocar em prática os recursos para personalizar e otimizar suas pesquisas.
3. Implemente objetivos de leitura estratégicos
Sim, esta é uma prática recomendada, principalmente no ensino a distância. Com o material digital, é comum que os estudantes deslizem mais rápido pelo e-book e retenham menos informações.
Você, docente, pode reverter isso ajudando-os a tornar seu tempo de leitura mais intencional e objetivo.
Uma ideia interessante é incentivá-los a aplicar anotações no decorrer dos textos, check-ins de leitura e lançar objetivos de reflexão e interpretação para que desenvolvam a versão individual e, posteriormente, compartilhem em grupo.
A leitura deve se transformar em uma troca de experiências, ideias e opiniões.
Outra sugestão interessante é incentivar a criação dos cartões de estudo (flashcards) que ajudam muito na aprendizagem dos conceitos mais complexos.
4. Aplique exercícios de inferência
Sabemos que um texto não se resume apenas às palavras. Além da interpretação textual, devemos trabalhar outras técnicas de leitura no ensino superior e uma delas é a inferência.
Os benefícios da inferência são: desenvolver o potencial de raciocínio e dedução. Para que os estudantes absorvam a verdadeira essência dos textos é preciso investigar, inferir e analisar os fatos para devolver uma resolução/argumentação sólida.
Quando falamos de interpretação, falamos de inferência, levantamento de hipótese e conclusão. Portanto, é um recurso valiosíssimo que precisa ser mais explorado no ensino superior.
5. Leitura multidisciplinar
No ensino superior, é comum que os estudantes se concentrem em consumir conteúdos específicos da sua área de atuação.
Entretanto, estamos em uma virada de chave para grandes oportunidades no futuro da empregabilidade e isso vem de encontro com a chamada multidisciplinaridade.
Ao motivar o estudante a conhecer outras habilidades que poderão ser compatíveis com a sua área de interesse, dependendo do tipo e porte de empresa, causamos um impacto muito grande na sua perspectiva de futuro profissional.
As empresas estão cada vez mais em busca de formar uma equipe multidisciplinar que consiste em especialistas, em diversas áreas, que trabalham de forma colaborativa em busca de um objetivo comum.
Muitos estudantes poderão se especializar em ramificações da área que terão maior visibilidade e serão tendências nos próximos anos. Por exemplo, um estudante que cursa Administração, pode se desenvolver em ciência política, ou seja, terá uma visão global para uma aprendizagem aprofundada.
Benefícios do uso de conteúdo digital para os universitários
Hoje não existem mais barreiras para o aprendizado. Podemos levar a conectividade para qualquer lugar, na palma da mão.
Livros didáticos digitais eficazes não são apenas réplicas digitais simples dos livros impressos. O conteúdo digital deve ser exclusivamente projetado para a experiência de leitura digital, muito mais ágil e dinâmica.
O material pode incluir tecnologia interativa para dar vida aos conteúdos em mídias digitais mais dinâmicas, como vídeos e até mesmo podcasts. Também permite o feedback automatizado e individualizado sobre o desempenho e avaliações dos leitores.
Outro benefício de um acervo virtual universitário é que oferece mais opções para ajudar os estudantes a personalizar sua experiência de aprendizagem. Alguns formatos digitais incluem ferramentas de destaque, anotações dentro do texto, a capacidade de alterar a tipologia da cópia e versões de áudio para ouvir em vez de ler o conteúdo.
Por fim, novos formatos podem ser mais acessíveis do que o texto tradicional, proporcionando oportunidades para a maior parte dos seus estudantes onde quer que estejam.
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3 sinais de um conteúdo digital bem projetado
Vale ressaltar que nem todo conteúdo digital é eficiente. Para garantir que seus estudantes colham todos os benefícios aqui citados, é fundamental que a IES escolha as plataformas e os materiais certos.
Além dos recursos de leitura que falamos, aqui estão alguns aspectos que são marcas comprovadas de conteúdo digital bem desenvolvido para o ambiente virtual de aprendizagem do seu curso.:
- Compatibilidade com dispositivos: certifique-se de que o conteúdo e os recursos sejam operáveis para laptops e outros formatos de leitura eletrônica, como tablets e telefones celulares.
- Segmentação textual: para reduzir a carga cognitiva e o cansaço visual, seções curtas de texto devem ser segmentadas com conteúdo visual e atrativo, como vídeos, gráficos, tabelas e imagens.
- Auxílios de navegação: o conteúdo deve oferecer ao estudante ferramentas para navegar para trechos específicos no texto, com marcação de páginas e que sejam projetadas com formatação sistêmica para ajudar o leitor a entender a hierarquia das informações.
A forma como os educadores interagem com os estudantes está mudando. Aliás, a forma como os estudantes enxergam o aprendizado está mudando.
Assim, devemos ter a capacidade de nos adaptarmos às novas metodologias de ensino para garantir um equilíbrio com a forma como estudantes aprendem. Ainda mais quando a distância é um obstáculo, devemos levar em conta que cada estudante se desenvolve à sua maneira.
Cada um tem suas próprias fortalezas e desafios. Considere essas estratégias para inserir a leitura como recurso no ensino superior. Pequenas mudanças podem causar um grande impacto na vida dos seus estudantes e na evolução da sua instituição de ensino.
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