A digitalização do ensino tornou-se um dos elementos-chave da competitividade entre as instituições de ensino superior (IES).

  1. O que é a digitalização do ensino?
  2. Quais são as ferramentas mais importantes da digitalização do ensino?
    2.1. Plataformas educacionais LMS e MOOC
    2.2. Bibliotecas digitais 
    2.3. Gamificação com aplicativos
    2.4. Simuladores e realidade virtual
    2.5. Redes sociais
    2.6. Inteligências artificiais
    2.7. Salas inteligentes
  3. Qual é a importância da digitalização do ensino?
    3.1. Permite o aumento das matrículas e a redução do abandono escolar
    3.2. Aumenta a personalização da educação
    3.3. Otimiza a dimensão técnica da aprendizagem 
    3.4. Oferece aprendizagem imersiva

Embora há algumas décadas o acesso a computadores e à internet já fosse diário, nunca imaginamos a importância que a digitalização do ensino assumiria nos anos posteriores.  Assim como as novas tecnologias levaram a indústria à sua quarta revolução, elas também tornaram a educação 4.0 uma realidade, e eventos como a pandemia de covid-19 apenas aceleraram sua adoção.  

A digitalização do processo de ensino permite-nos acompanhar a inovação pedagógica, aplicar modelos educativos mais eficientes, flexíveis e inclusivos e, acima de tudo, desenvolver competências transversais fundamentais para a nova era, tanto em nossos alunos como no pessoal acadêmico e administrativo. 
 
A qualidade do ensino digital está surgindo como um dos fatores que afetam a capacidade de reter os alunos; portanto, aproveitar ao máximo as tecnologias educacionais não é mais uma opção, é uma necessidade.  

O que é a digitalização do ensino?

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A digitalização da educação sempre andou de mãos dadas com as novas tecnologias da informação, ou TIC

O termo TIC foi definido em 2000 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) como “um conjunto de sistemas necessários para gerenciar informações, especialmente os computadores e programas necessários para convertê-las, armazená-las, transmiti-las e encontrá-las”. 

As primeiras TICs que foram aplicadas à educação foram tecnologias que hoje parecem muito rudimentares, como os primeiros computadores pessoais com programas para edição de texto, dispositivos de armazenamento de CD-ROM ou disquete e alguns sistemas de mensagens muito básicos.  

Nesse ponto, a digitalização da educação era uma exceção e não uma regra, além de operar como um recurso complementar às metodologias analógicas tradicionais, especialmente porque muito poucas pessoas e instituições educacionais tinham acesso a elas. 

Posteriormente, as NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) substituíram as TIC, com funcionalidades mais avançadas, como a digitalização e a compressão de arquivos, a criação de arquivos multimídia e interativos, a web 2.0 e o surgimento dos primeiros softwares especialmente concebidos para fins educativos.  

Atualmente, a digitalização do ensino depende das chamadas Novas Tecnologias de Informação e Telecomunicações (NTIT), por exemplo, sofisticadas plataformas de educação a distância MOOC ou LMS, ambientes virtuais de aprendizagem e até simulações por inteligência artificial. 

O conjunto de todas essas tecnologias não só resulta em novas metodologias de ensino, mas também cria novos ambientes virtuais para a aprendizagem social e a construção colaborativa do conhecimento.  

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Quais são as ferramentas mais importantes da digitalização do ensino?

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O objetivo global da digitalização do ensino é transcender as limitações temporais e geográficas por meio da tecnologia, com sistemas que proporcionam uma educação igual ou mais eficiente que a tradicional. 

Algumas das ferramentas que foram o divisor de águas da inovação educacional e ainda estão em plena atuação são as seguintes:

Plataformas educacionais LMS e MOOC

São ambientes virtuais de aprendizagem que permitem gerenciar e implantar o conteúdo de cursos inteiros, além de registrar o progresso dos usuários e, em alguns casos, também executar ações automatizadas, como a atribuição de notas em avaliações.  

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Bibliotecas digitais  

Tornaram-se os mais importantes catálogos de referência de livros eletrônicos e interativos, bem como de todos os tipos de meios audiovisuais e materiais didáticos, como infografias ou mapas mentais.  

As bibliotecas digitais têm sido fundamentais na otimização do ensino, pois aumentam a variedade e a disponibilidade de materiais para estudo e pesquisa, ao mesmo tempo que reduzem custos e permitem que os espaços físicos nas instituições de ensino sejam mais bem utilizados. 

Anteriormente, as bibliotecas virtuais eram a contraparte digitalizada das bibliotecas físicas, mas agora cada vez mais obras e conteúdos são projetados a partir de sua concepção para a mídia digital, uma vez que oferecem uma experiência muito mais personalizada ao leitor. 

Nova call to action

Gamificação com aplicativos

A maioria dos aplicativos para fins educacionais tem a gamificação em comum, independentemente de servirem para aprender matemática, história ou idiomas.  

Aproveitando os mecanismos de motivação lúdica, a retenção de informações, a frequência de prática e consulta, bem como os resultados acadêmicos dos alunos podem ser melhorados.

Simuladores e realidade virtual  

A tecnologia digital torna cada vez mais viável a criação de simulações muito próximas da vida real para todos os tipos de situações, desde o controle de tráfego aéreo ou manuseio assertivo de situações sociais complexas até operações cirúrgicas. 

Embora ainda seja uma tecnologia cara, tudo indica que as IES estão adotando cada vez mais estratégias de realidade virtual para permitir a seus alunos que pratiquem habilidades críticas em ambientes controlados e livres de riscos.  

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Redes sociais

Por meio das mídias digitais, os alunos podem se comunicar de modo mais eficiente com os professores e vice-versa, mesmo quando não estão fisicamente no mesmo lugar.  

Por outro lado, o uso das redes sociais no ensino é um fator-chave para viabilizar a aprendizagem colaborativa, especialmente em modelos a distância ou híbridos.

Inteligências artificiais

Os mecanismos de inteligência artificial e machine learning podem ser integrados em plataformas educacionais virtuais para gerar experiências de aprendizagem muito mais personalizadas. 

As IAs são capazes de coletar informações comportamentais e contextuais do usuário para exibir o conteúdo mais adequado a ele, momento a momento.
  
Por exemplo, se em uma avaliação o aluno cometeu um erro em dois exercícios, a IA pode mostrar conteúdo de reforço relacionado a esse subtópico e também reintegrar esses exercícios na próxima avaliação, a fim de verificar se as dúvidas foram de fato dissipadas. 

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Salas inteligentes

São os espaços físicos de ensino que se conectam com ambientes virtuais de aprendizagem.  

Em uma sala inteligente, podemos encontrar, entre outras coisas, câmeras, projetores, quadros brancos, microfones para os participantes presenciais se comunicarem em tempo real com assistentes remotos etc.  

[Coluna Inside Higher Education] O que alunos querem? A personalização do ensino através da tecnologia

Qual é a importância da digitalização do ensino?

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Para as novas gerações, a fronteira entre os mundos físico e digital é cada vez menos evidente. As IES enfrentam o enorme desafio de se integrarem 100% à sociedade tecnológica para se manterem competitivas, mas as vantagens de fazer isso são muitas:

1. Permite o aumento das matrículas e a redução do abandono escolar

A integração de modelos de aprendizagem mais flexíveis amortiza muitas das situações negativas que levam um aluno a abandonar seus estudos.  

Por exemplo, a necessidade de trabalhar para se sustentar no âmbito financeiro, ou alguma condição médica que não permita a você que frequente fisicamente a escola. Por essa razão, a digitalização também aumenta a inclusão e a acessibilidade da educação.  

Por outro lado, ter um sistema digitalizado nos possibilita alcançar mais alunos para aumentar nossas matrículas, porque agora podemos oferecer serviços educacionais a pessoas que estão em outras regiões.  

2. Aumenta a personalização da educação

As novas tecnologias oferecem a possibilidade de criar percursos de aprendizagem verdadeiramente personalizados de acordo com os interesses, as necessidades e os ritmos de cada aluno. 

Por exemplo, a criação de modelos curriculares dinâmicos nos quais cada aluno tenha maior liberdade para escolher em que disciplinas quer se especializar e quais os projetos de formação profissional que são melhores para ele, de acordo com a indústria específica em que pretende se desenvolver. 

A personalização no ensino aumenta a motivação e o senso de relevância acadêmica e, portanto, também é uma excelente estratégia para reter a matrícula.  

3. Otimiza a dimensão técnica da aprendizagem

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Além do fato de que a digitalização do ensino oferece uma experiência mais inovadora e positiva para alunos e professores, é também uma ferramenta que economiza tempo e custos à escola.  

Graças às plataformas de aprendizagem e à inteligência artificial, podemos gerenciar enormes quantidades de informações, garantir que a consulta a recursos seja imediata e automatizar todos os tipos de processos a fim de que a equipe tenha mais tempo para acompanhar os alunos.

4. Oferece aprendizagem imersiva

Uma das características mais competitivas das melhores escolas de ensino superior é que garantem a formação em contextos que se assemelham o máximo possível às situações que os alunos irão encontrar na vida real.  

Graças às simulações e à realidade virtual, os alunos podem exercitar suas habilidades melhor do que nunca antes de entrar no mercado de trabalho, o que lhes garante mais e melhores oportunidades. 

Como você pode ver, a importância da digitalização na educação é algo que não devemos subestimar.  

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Referências

Bonam, B., Piazentin, L., & Possa, A. D. (2020). Educación, Big Data e Inteligencia Artificial: Metodologías mixtas en plataformas digitales. Comunicar: Revista científica iberoamericana de comunicación y educación.

García Aretio, L. (2020). LMS. Plataformas o entornos virtuales de aprendizaje. Ventajas y funcionalidades.

Alvarez, R. L. (2003). La universidad virtual en Latinoamérica. Etic@ net: Revista científica electrónica de Educación y Comunicación en la Sociedad del Conocimiento.

García, F., Portillo, J., Romo, J., & Benito, M. (2007). Nativos digitales y modelos de aprendizaje. 

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