Descubra como a inovação e o trabalho docente podem atuar como um recurso disruptivo que melhora o desempenho dos estudantes do ensino superior.

  1. O que é inovação na prática docente
  2. 3 razões para implementar a inovação em sua universidade
    2.1. Resolver os problemas educacionais atuais com soluções que se adaptam a seu nível de complexidade
    2.2. Adaptar o processo de aprendizagem ao novo ritmo social e tecnológico
    2.3. Preparar estudantes universitários para um ambiente social e de trabalho em constante mudança
  3. Fortalecer a inovação e o trabalho docente NÃO consiste em descartar o velho
  4. Por que é tão importante fortalecer a relação entre inovação e trabalho docente?
  5. Qual é o papel do professor na inovação educacional?

A inovação no ensino superior é um dos recursos mais importantes para se adaptar aos novos desafios propostos por uma sociedade digital, cada vez mais familiarizada com o uso da tecnologia dentro e fora da sala de aula. 

Descubra a importância da inovação e do trabalho docente como recursos disruptivos para melhorar o aproveitamento dos alunos do ensino superior, bem como o papel do professor como um dos principais protagonistas no processo de aprendizagem.

O que é inovação na prática docente

professor a dar aulas aos seus alunos na universidade

O termo “inovar" vem do latim innovare, que etimologicamente significa “mudar ou alterar as coisas introduzindo novidades”. No campo educacional, a relação entre inovação e trabalho docente representa um componente de mudança, desenvolvimento, atualização ou transformação em cada fase do processo educativo. 

Inovar a partir da formação de professores não é um capricho pedagógico nem uma tendência que “está na moda”. Pelo contrário, responde a uma etapa natural do processo de aprendizagem que ocorre desde os primórdios da civilização e que surge quando professores e instituições educacionais inovadoras identificam a demanda de se adaptar ao ritmo de uma sociedade em constante mudança. 

Na pedagogia tradicional, existe a ideia de que não há necessidade de trocar aquilo que está funcionando, ou seja, por que consertar algo que não está quebrado? No entanto, embora essa ideia pareça coerente, pensar assim deixa de fora muitas oportunidades de crescimento no ambiente educacional, então há muitas razões para considerar que, mesmo quando algo está dando certo, pode ser melhor. 

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3 razões para implementar a inovação em sua universidade

grupo de estudantes universitários que ouvem o seu colega de turma

Está claro para nós que a inovação não é uma tendência passageira, mas uma prática constante na evolução da sociedade humana para satisfazer muitas de nossas necessidades. Mas quais são especificamente essas necessidades no campo do ensino superior? Aqui vamos apontar algumas delas:

1. Resolver os problemas educacionais atuais com soluções que se adaptam a seu nível de complexidade

Durante a pandemia, as instituições de ensino superior tiveram de enfrentar o enorme desafio de atender à demanda por educação a distância. Um problema tão complexo como esse não poderia ser resolvido sem a aplicação de soluções inovadoras como a implementação do modelo de educação a distância, bem como a utilização de recursos digitais voltados para a entrega de aulas virtuais. 

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2. Adaptar o processo de aprendizagem ao novo ritmo social e tecnológico

Em 2007, surgiram os primeiros smartphones, mudando para sempre a cultura da comunicação: era como carregar um pequeno computador no bolso, que podia ser usado para navegar na internet, bater papo, escrever notas de texto ou checar redes sociais.  

No entanto, o uso de smartphones em sala de aula despertou grande polêmica: alguns viam um enorme potencial educacional nesses dispositivos, mas havia outro setor, mais tradicional, que considerava que o emprego deles nas aulas era muito prejudicial à educação porque distraía os alunos, além de causar interrupções constantes. 

É lógico pensar que a palavra “inovação” está relacionada à tecnologia, mas nem sempre é assim: nesse caso, quando falamos de inovação não estamos nos referindo ao smartphone, mas à mudança radical no ensino em sala de aula para aproveitar o uso de um dispositivo e adaptá-lo às necessidades do processo de aprendizagem

Inovar nem sempre implica somente a implementação de recursos tecnológicos ou digitais, mas também a mudança de paradigmas para integrar estratégias disruptivas, capazes de alterar os rumos da educação.  

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3. Preparar estudantes universitários para um ambiente social e de trabalho em constante mudança

professor com o seu grupo de estudantes universitários na sala de aula

O mundo do trabalho também foi radicalmente afetado pelas mudanças tecnológicas: o trabalho remoto, ou home office, começou como uma alternativa para pequenos grupos e acabou se tornando uma modalidade profissional que hoje é praticada por milhões de empresas ao redor do mundo.  

Da mesma forma, o comércio também foi afetado de modo impressionante: a negociação de serviços e produtos on-line representava uma pequena fração do modelo de vendas, mas hoje é a fatia mais importante do comércio mundial. 

Hoje, mais do que nunca, as escolas de ensino superior têm um enorme desafio: preparar os estudantes universitários para atuarem com sucesso em um mercado de trabalho no qual o fator de inovação é constante e muitas vezes imprevisível.  

Isso implica também que, durante o processo de aprendizagem, a relação entre inovação e trabalho docente funcione realmente como um recurso de desenvolvimento e transformação, e não como uma falácia ad novitatem, que consiste em supor que tudo o que é novo é melhor apenas pelo fato de ser novo. 

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Fortalecer a inovação e o trabalho docente NÃO consiste em descartar o velho

Esse é um dos mitos mais comuns no campo da inovação educacional: pensar que seu objetivo é atualizar o ambiente educacional, de tal forma que as práticas da educação tradicional devem ser descartadas e, com isso, todos os elementos que ele inventa. Mas não é bem assim.

A inovação na educação não implica descartar o que já foi feito, mas sim redesenhar sua capacidade de uso para torná-la mais competitiva diante dos desafios do presente e do futuro imediato.

Um exemplo muito claro disso são os livros físicos: em 2010, o empresário e guru de TI Nicholas Negroponte afirmou que o livro em papel, como o conhecemos hoje, desapareceria em cinco anos¹.  

O especialista em tecnologia estava convencido de que em 2015 ninguém se lembraria do livro como um objeto físico. Já estamos em 2022 e os livros em papel ainda estão com boa saúde; aquilo de que ninguém mais se lembra é do depoimento de Negroponte. 

Como aponta o filósofo e pedagogo Gregorio Luri: “O livro é um objeto que nasceu tecnologicamente perfeito, como a roda, a colher, a bola...”². Mas isso não significa que ele não possa se expandir e evoluir para atender ao objetivo da inovação: adaptar-se às necessidades tecnológicas exigidas por muitos dos novos leitores digitais:

  • Aproveitar o conteúdo de um livro em formato digital.
  • Ter uma biblioteca completa na palma de sua mão.
  • Editar, personalizar, transferir e manipular materiais de aprendizagem como se fossem arquivos digitais.
  • Dispensar o espaço físico de uma biblioteca, mas não suas vantagens organizacionais.

Na educação, os conceitos de inovação e adaptação sempre caminharam juntos, pois ambos estão comprometidos com a busca de novas soluções ou alternativas para otimizar modelos de aprendizagem que ainda são funcionais, mas não estão oferecendo seu máximo desempenho em termos de resultados. 

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Por que é tão importante fortalecer a relação entre inovação e trabalho docente?

Muitos especialistas em pedagogia chegaram à conclusão de que o principal objetivo da inovação é permitir que a comunidade acadêmica (professores, alunos, gestores) se adapte a uma nova realidade social, em que a tecnologia está cada vez mais presente, influenciando diretamente nosso modo de vida.

“A educação precisa de professores inovadores, com atitude empreendedora, capazes de gerar novos talentos, líderes que motivem os outros a agir. Seu principal papel é comunicar e ensinar novos conhecimentos, para que estudantes ou profissionais que estão sendo formados consigam possuir as ferramentas necessárias, tanto sociais quanto técnicas.”³

Por que é tão importante ter professores inovadores? Porque são eles que estão na linha de frente de atuação no complexo mundo da aprendizagem, e o trabalho deles influencia diretamente os resultados acadêmicos e profissionais dos alunos.  

Qual é o papel do professor na inovação educacional?

professor a explicar aos seus alunos no laboratório de robótica

Inovar na educação não implica apenas fazê-lo a partir do ambiente e dos recursos digitais disponíveis para uma instituição, mas também das pessoas que compõem a comunidade educativa, principalmente os professores, que têm a responsabilidade de transmitir novas estratégias cognitivas que auxiliem os alunos a compreender a natureza das mudanças – cada vez mais aceleradas – na sociedade. 

Para alcançar isso, o professor precisa se tornar um criador de estratégias metodológicas e considerar a utilização de diversas alternativas para otimizar os resultados de seus alunos, o que implica a constante renovação de métodos e técnicas de aprendizagem.  

Da mesma forma, o professor tem a responsabilidade de facilitar a mudança de paradigmas: os processos de inovação não são fáceis de assimilar para muitos alunos, pois exigem uma didática especial, focada em familiarizar-se com novas formas de aprendizagem, mas sem descartar o que aprenderam por meio dos modelos estabelecidos. 

Do ponto de vista da Unesco, não só o aluno é o principal protagonista do processo de aprendizagem, o professor também desempenha um papel central na educação, o que quer dizer que ele pode cumprir certos papéis fundamentais:  

  1. Antecipar a relevância dos recursos inovadores no processo de aprendizagem.
  2. Gerenciar e fornecer ao aluno os recursos necessários para se familiarizar com a inovação.
  3. Avaliar as competências dos alunos em relação à aprendizagem disruptiva.
  4. Criar ambientes que promovam o aprendizado relacionado não apenas ao conteúdo acadêmico, mas também ao ambiente social.
  5. Ampliar a transversalidade dos conteúdos formando grupos interdisciplinares.
  6. Participar do projeto curricular das competências e das habilidades esperadas dos alunos em uma sociedade digital.
  7. Participar da construção de redes de aprendizagem que estimulem a participação coletiva da comunidade acadêmica.
  8. Adaptar sua prática pedagógica aos ritmos, às necessidades e aos estilos de aprendizagem dos alunos.
  9. Considerar a aplicação da educação disruptiva nas modalidades de aprendizagem.
  10. Ter capacidade de gerar iniciativas e tomar decisões relacionadas à educação inovadora.
  11. Promover independência, criatividade e atitude crítica em estudantes universitários.

Diariamente, as instituições de ensino superior enfrentam grandes desafios relacionados à aprendizagem, como evasão escolar, absenteísmo, baixo rendimento acadêmico, entre outros. 

É fato que para resolver muitos desses desafios é necessária uma nova visão do cenário educacional. Isso inclui a implementação de estratégias em que a inovação se torna uma alavanca para o desenvolvimento integral, que nos permite trabalhar de modo eficiente e inteligente. 

Na Pearson Higher Education, sabemos da importância de ter ferramentas e recursos inovadores, capazes de se adaptarem às necessidades da educação atual, mas também de anteciparem os desafios que os alunos enfrentarão no futuro. 

É por isso que temos uma ampla gama de soluções de aprendizagem, pensadas para instituições de ensino superior interessadas em se manterem à frente e a se tornarem mais competitivas. Conheça nossas soluções para o ensino superior! Faça o download do nosso catálogo de soluções! 

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Referências

1, Ranchal, J. (2018, 30 julio). ¿Se ‘muere’ el libro en papel? MuyComputer. Recuperado 28 de septiembre de 2022, de https://www.muycomputer.com/2010/08/07/actualidadnoticiasse-muere-el-libro-en-papel-_we9erk2xxdbca0khug3cspc6msxhqxiyestpzcz0ksqckxacybdmn1_idnphtml9/  

2, Luri, G. (2020, 13 enero). Sobre el arte de leer: 10 tesis sobre la educación y la lectura (1.a ed.). Plataforma Editorial. 

López, G. B. (2012). La innovación en la práctica docente: del ser al hacer. Graffylia: Revista de la Facultad de Filosofia y Letras, 10, 14-15. 

3, González, T. (2014). La importancia de la Innovación y el Emprendimiento en los docentes del Sistema Educacional Chileno. Revista Electrónica Gestión de las Personas y Tecnología, 7(19), 68-78, e-ISSN: 0718-5693. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=477847107006  

4, Juárez-Ibarra, G. El rol del docente ante un ambiente innovador de aprendizaje en escuelas y facultades de negocios. El caso de la: Facultad de Administración y Contaduría. Fuentes, 878(782), 56-65. 

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