A capacitação de professores universitários é parte fundamental da competitividade de sua instituição. Você já sabe quais são os fatores mais importantes?

  1. Quais são as vantagens da capacitação docente?
  2. Quais fatores devem estruturar uma capacitação de professores universitários?
    2.1. Aprendizagem significativa
    2.2. Relevância e atualização do conteúdo
    2.3. Novas tecnologias
    2.4. Soft skills
    2.5. Transversalidade educativa 

Nos países mais desenvolvidos, a capacitação de professores é uma realidade permanente em todos os níveis educacionais, uma vez que uma preocupação é que os professores nunca deixem de se atualizar e desenvolver suas competências, tanto as soft skills como as hard skills.

Na América Latina ainda não existe uma cultura institucional sólida de aprendizagem ao longo da vida (lifelong learning), e é comum confundir a formação de professores com a simples formação em atividades administrativas, ou naquelas que atendem a exigências oficiais para registrar o progresso dos estudantes.

Por exemplo, preencher as fichas de aprendizagem por competências ou informar a frequência dos alunos: são atividades que, embora essenciais, não necessariamente estão elevando a qualidade educacional da universidade e as oportunidades que os alunos têm ao se formar, que são dois pontos cruciais para levar em conta quando o assunto é competitividade.

A seguir, vamos aprender o que realmente consiste a capacitação educacional dos professores e quais são os fatores você deve sempre considerar para que os docentes possam atingir todo o próprio potencial.

Quais são as vantagens da capacitação docente?

professor apontando para o quadro negro

Capacitação docente significa, em linhas gerais, oferecer os recursos e as ferramentas necessárias para que seus professores melhorem constantemente as próprias estratégias metodológicas de ensino e o conteúdo que transmitem.

Significa também apoiar positivamente a identidade dos professores e ajudá-los a ter uma experiência mais agradável e equilibrada no trabalho profissional.

Entre as vantagens de ter um programa de capacitação de professores permanente bem estruturado e adaptado às necessidades da universidade, dos acadêmicos e dos alunos, estão as seguintes:

  1. A aprendizagem em sala de aula é muito mais significativa, ou seja, mais fácil de transferir para o dia a dia e para os desafios que o aluno enfrentará fora da escola.
  2. Melhora o uso da tecnologia disponível para o ensino.
  3. Diminui a taxa de rotatividade entre os professores, o que economiza custos de recrutamento e recontratação.
  4. A cultura institucional é fortalecida.
  5. Aumenta a satisfação dos alunos com seus professores e com suas turmas.
  6. A liderança universitária é incentivada, não só porque há excelentes professores, mas também porque os graduados alcançam mais sucesso profissional.

Leia também: 👉 5 dicas de capacitação de professores para EAD

Quais fatores devem estruturar uma capacitação de professores universitários?

reunião de brainstorming de professores universitários

A capacitação de professores deve ter como objetivo geral que eles possam oferecer mais e melhores ferramentas de aprendizagem para a vida aos estudantes.

As metodologias disponíveis para esse fim mudaram e evoluíram muito ao longo do tempo, principalmente nos últimos anos, com o boom das novas tecnologias educacionais.

Atualmente, podemos identificar 5 fatores fundamentais para qualquer programa de treinamento de professores. Confira!

1. Aprendizagem significativa

Uma das queixas mais comuns dos alunos que abandonam a instituição de ensino ou que não se adaptam aos modelos tradicionais de educação é que não conseguem relacionar o aprendizado em sala de aula com a vivência real no ambiente de trabalho.

Em muitos casos, os conhecimentos e as habilidades que os professores tentam transmitir a eles parecem irrelevantes, arbitrários e, nos piores casos, uma perda de tempo que poderiam estar aproveitando em outras atividades que lhes parecem importantes, ou pelo menos mais agradáveis.

Em tese, a formação universitária deveria estar isenta dessas reclamações, pois se supõe que o aluno já consegue vincular tudo o que aprende com a função profissional que escolheu para si mesmo, mas isso não ocorre necessariamente.

Basta perguntar a qualquer profissional se ele sabe aplicar no dia a dia tudo o que supostamente aprendeu na universidade.

Sem dúvida, haverá muito conhecimento bem valioso adquirido, mas nunca houve o interesse ou motivação necessários para aproveitá-lo na vida real e, portanto, ele significou um mero procedimento acadêmico e caiu no esquecimento.

Para que a formação docente combata essa realidade generalizada em muitas instituições de ensino superior (IES), é fundamental capacitar docentes em técnicas como:

  • Learning by doing.
  • Aprendizagem baseada em projetos.
  • Aprendizagem baseada em estudos de caso.
  • Design thinking baseado em problemas reais.

A lógica subjacente a todas essas metodologias é que o conhecimento deve ser utilizado ativamente para melhorar a qualidade de vida dos alunos e de sua comunidade e que os alunos são atores ativos de sua própria aprendizagem – o professor é apenas um guia ou facilitador desse processo.

Obviamente, não basta ensinar os professores a tirar partido dessas ferramentas de ensino; é preciso dar-lhes as condições e os incentivos adequados para que possam aplicá-las no dia a dia.

Isso muitas vezes exige, por sua vez, que os planos de estudo sejam revistos e algumas modificações fundamentais sejam feitas na estrutura dos conteúdos, dos exercícios e das avaliações.

Complemente a sua leitura: 👉5 ferramentas digitais para a educação muito úteis a professores

2. Relevância e atualização do conteúdo

O quão atual é o que estamos ensinando? O que as pesquisas mais recentes dizem sobre isso? Para onde estão apontando as novas tecnologias e as tendências em cada área? Que novas oportunidades de trabalho estão se abrindo para os graduados de cada carreira?

As IES devem dar grande ênfase ao acompanhamento das descobertas e dos avanços da pesquisa em cada disciplina. Para isso, precisam estabelecer estratégias de atualização de mão dupla com seus professores.

Por um lado, formar significa colocar esses novos conhecimentos à disposição dos professores para que possam integrá-los em sua prática. Por outro lado, significa também confiar que eles são os especialistas e assegurar que as sugestões que fazem para atualizar os programas acadêmicos realmente sejam levadas em consideração.

Nesse sentido, a capacitação e a atualização docente caminham juntas, sendo um trabalho em equipe que exige iniciativa e empenho de todos os envolvidos.

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3. Novas tecnologias

Nesta área de capacitação de professores, o objetivo é identificar e tirar partido das ferramentas tecnológicas disponíveis para:

  • Reduzir a carga de trabalho dos professores.
  • Ministrar aulas e disciplinas remotamente, sem perder qualidade ou contato humano.
  • Apresentar o conteúdo de maneiras mais interessantes e mais adaptadas aos diferentes estilos de aprendizagem.
  • Simplificar e melhorar a comunicação.
  • Motivar e envolver mais os alunos em suas atividades acadêmicas.

Nesse sentido, destaca-se a importância do trabalho em equipe com as áreas de tecnologia e sistemas, pois a universidade deve ter uma série de ferramentas padronizadas que possibilitem o esboço de um plano de formação viável e eficiente para todos os professores.

Vale ressaltar também que o ideal é que os professores sejam formados não apenas como usuários dessas tecnologias, mas também como administradores. Por exemplo, saber usar um LMS para ministrar um curso não é o mesmo que poder montar um novo curso no sistema.

Algumas dessas ferramentas podem ser:

  • Plataformas digitais de aprendizagem LMS (Learning Management Systems).
  • Sistemas para salas de aula virtuais ou inteligentes (tanto software para videochamadas quanto o gerenciamento de hardware, como câmeras, projetores, telas ou microfones).
  • Programas para editar conteúdos (áudio, imagens, vídeos etc.).
  • Sistemas de busca de publicações acadêmicas e acervo virtual com diversos títulos disponíveis aos estudantes.
  • Servidores em nuvem para o gerenciamento de arquivos e projetos colaborativos.
  • Software inteligente para aplicação de provas online.

[Pílula de conhecimento] 👉 4 Dicas para realizar provas online

4. Soft skills

O reforço das soft skills dos professores deve se centrar na melhoria da capacidade deles de motivar os alunos e transmitir conhecimentos de uma forma mais clara e interessante, mas também precisa levar em conta os aspectos pessoais e interpessoais do indivíduo.

Entre as soft skills mais importantes de um professor universitário estão:

  • Comunicação oral e escrita
  • Responsabilidade
  • Assertividade
  • Extroversão
  • Curiosidade
  • Liderança
  • Tolerância
  • Adaptabilidade
  • Gestão de estresse
  • Gestão de tempo
  • Empatia
  • Trabalho em equipe
  • Autogestão e automotivação

Leia também: 👉Soft skills no ensino superior é estratégia para a competitividade

5. Transversalidade educativa

reunião de professores universitários que partilham informações e ideias

Os professores devem ter muita clareza quanto às habilidades transversais que a instituição precisa fortalecer em seus alunos e sobre as estratégias abrangentes a ser realizadas para alcançá-las.

As competências transversais são aquelas que preparam os alunos com o objetivo de enfrentar os desafios da vida real de maneira positiva para a sociedade, independentemente de sua carreira ou da função profissional. Entre as mais destacadas estão:

  • Idiomas (especialmente inglês)
  • Sustentabilidade e responsabilidade social
  • Novas tecnologias
  • Soft skills
  • Civilidade e justiça
  • Aprender a aprender

É claro que essas são competências transversais gerais, e cada instituição de ensino deve identificar, inclusive, quais são as competências transversais particulares que seus alunos necessitam, de acordo com os desafios específicos de sua comunidade.

A transversalidade educativa exige uma capacitação onstante dos professores nas várias temáticas que abrangem, bem como trabalho em equipe, uma vez que os professores devem criar sinergias colaborativas que tirem partido do que está sendo aprendido em todas as disciplinas. Para isso, as metodologias de aprendizagem significativa que mencionamos no primeiro item podem ser de grande ajuda.

Sabemos que a universidade está verdadeiramente comprometida com o futuro de seus alunos e com a melhoria da qualidade de vida das novas gerações.

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