A formação profissional completa é algo que apenas duas em cada cem pessoas no mundo conseguem. A sua instituição de ensino pode oferecer esse diferencial!
- O que é formação profissional?
- Qual é a importância de promover a formação profissional na América Latina?
2.1. Diminuir o trabalho informal
2.2. Aumentar os salários
2.3. Promover o investimento estrangeiro
2.4. Acelerar a modernização da indústria
2.5. Promover a investigação científica e as artes - Como apoiar os alunos para que completem a formação profissional deles?
3.1. Formação para o emprego e certificações
3.2. Abrir caminho para a faculdade já no Ensino Médio
3.3. Oferecer melhores programas e soluções para a mobilidade educacional
3.4. Adaptar planos acadêmicos a projetos de alta relevância social
3.5. Investir em tecnologia educacional
Todos os anos, milhares de alunos abandonam a escola em algum momento entre o ensino médio e o treinamento vocacional. Isso resultou em uma escassez de talentos qualificados em muitas áreas. A boa notícia é que, como instituições de ensino, podemos ajudar a reverter essa realidade.
Segundo dados do Banco Mundial em seu relatório Em uma encruzilhada: a educação superior na América Latina e no Caribe, embora as taxas de acesso ao ensino superior continuem aumentando, uma porcentagem muito baixa de estudantes que ingressam na universidade realmente se forma.
Em termos de crescimento macroeconômico e demanda de mercado, ainda não há capital humano qualificado suficiente para permitir que a América Latina comece a competir com economias mais desenvolvidas, o que coloca a educação superior como um dos pilares do paradigma de desenvolvimento social.
Hoje vamos rever por quê é importante incentivar nossos alunos a iniciar e terminar a educação profissional e, como podemos alcançar isso com ações estratégicas antes, durante e depois de ingressarem na universidade. Acompanhe!
O que é formação profissional?
Entende-se por “formação profissional” o conjunto de ensinamentos que visam à aquisição de conhecimentos, atitudes e competências necessárias ao exercício de determinada profissão. Também é frequentemente chamada de ensino universitário, ensino superior ou cursos técnicos profissionalizantes.
Tradicionalmente, a formação profissional quase sempre envolve quatro anos ou mais de estudo presencial após a conclusão do Ensino Médio, embora muitas opções a distância e mais ágeis estejam surgindo, mais adaptadas às demandas dos alunos e da indústria.
Independentemente do tipo de formação profissional escolhida, é importante concluí-la e, mais do que um título, obter as competências exigidas para atuar de modo profissional em um ambiente caracterizado por ser mutável, incerto e que avança a passos largos com as novas tecnologias.
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Qual é a importância de promover a formação profissional na América Latina?
Milhões de jovens abandonam a escola em algum momento após a educação primária. Muitos deles conseguem desenvolver suas habilidades de maneiras alternativas, encontrar fontes estáveis de renda, empreender e progredir, mas a maioria é relegada a empregos que:
- Não oferecem um salário alto o suficiente para viver com dignidade (ter acesso a serviços e alimentação de qualidade, economizar, ter lazer etc.).
- Pertencem à economia informal ou mesmo a indústrias ilegais.
- Correm o risco constante de serem automatizados. Ou seja, os funcionários são frequentemente substituídos por máquinas que eles não são treinados para operar.
Por isso, entre outros benefícios sociais, a promoção da formação profissional permite:
1. Diminuir o trabalho informal
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), atualmente estima-se que a economia informal sustenta quase metade da população da América Latina e do Caribe. No entanto, isso tem um profundo impacto negativo na capacidade dos governos de regular o setor, cobrar impostos e fornecer seguridade social.
A formação universitária diminui o risco de uma pessoa ter que entrar na economia informal, e também abre possibilidades para que ela trabalhe como profissional autônomo em um contexto regulamentado e mais bem remunerado, inclusive no modelo de trabalho remoto com empresas de outros países.
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2. Aumentar os salários
Embora existam grandes diferenças dependendo da área de estudo e da situação da indústria em cada país, estima-se que ter uma formação profissional completa permite a um indivíduo ganhar entre 2,3 e 2,5 vezes mais do que se não tivesse um diploma.
Por outro lado, está comprovado que o nível de renda dos pais é um fator estatisticamente relevante para que os filhos concluam seus estudos universitários e, por sua vez, possam ter acesso a melhores salários, o que aciona um mecanismo de bem-estar social transgeracional.
3. Promover o investimento estrangeiro
Um dos maiores problemas que as empresas dos países desenvolvidos enfrentam é a escassez de talentos locais qualificados, de que elas precisam para continuar crescendo. Diante desse cenário, muitas empresas apostam em profissionais latino-americanos em regime de trabalho remoto; no entanto, a oferta ainda é menor do que a demanda.
Além desse fenômeno, que é relativamente recente, o nível de profissionalização técnica de uma região continua sendo um dos principais critérios para empresas estrangeiras abrirem fábricas ou filiais em outros países.
4. Acelerar a modernização da indústria
Para que os diferentes setores econômicos da América Latina comecem a se modernizar e competir com os países altamente industrializados, não basta desenvolver as tecnologias necessárias, é preciso capital humano capacitado a fim de viabilizar e aproveitar esses avanços.
Quanto mais profissionais da área STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) estiverem disponíveis em uma região, maior será a probabilidade de as indústrias locais desenvolverem soluções tecnológicas adaptadas a suas necessidades, para se tornarem mais produtivas e oferecerem melhores condições a seus colaboradores.
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5. Promover a investigação científica e as artes
O nível socioeconômico de uma região tende a acompanhar o montante do orçamento que é investido em arte e pesquisa científica, e ambos são fatores fundamentais para aumentar a qualidade de vida de uma população.
Como você pode ver, promover a formação profissional não só beneficia os alunos individualmente, mas também é uma das maneiras mais eficazes de fazer mudanças profundas, duradouras e positivas em nossas comunidades.
Como apoiar os alunos para que completem a formação profissional deles?
As causas que levam uma pessoa a abandonar os estudos antes ou durante a formação profissional são muitas. Embora elas correspondam principalmente a fatores socioeconômicos, são muitas as ações que as instituições de Ensino Médio e superior podem adotar para aumentar o número de alunos graduados. Veja a seguir!
1. Formação para o emprego e certificações
Como já mencionamos, os fatores socioeconômicos são os que têm maior impacto na evasão escolar. Não se trata apenas de que os alunos não podem pagar os próprios estudos, já que existem múltiplas opções de ensino público, mas também que eles precisam ingressar no mercado de trabalho para começar a contribuir com as despesas da família.
Nesse sentido, uma das melhores estratégias para motivar que continuem estudando é ajudá-los a desenvolver habilidades que estão em alta demanda para empregos de meio período (por exemplo, domínio da língua inglesa ou treinamento técnico na área de estudo deles desde o primeiro semestre da faculdade).
Obviamente, essa iniciativa deve ser complementada com alianças trabalhistas e bolsas de emprego que permitam aos estudantes encontrar fontes formais de renda enquanto continuam estudando.
Entretanto, a instituição de ensino pode ajudar os alunos a desenvolverem capacidades do mercado de trabalho com soluções tecnológicas que simulem o ambiente corporativo. Outra estratégia válida é oferecer certificações profissionalizantes específicas de áreas de atuação. Dessa forma, o estudante sai pronto para atuar na área que escolheu trabalhar.
2. Abrir caminho para a faculdade já no Ensino Médio
Chegar à universidade e estar em um mundo completamente desconhecido, com dinâmicas e demandas muito diferentes das do Ensino Médio, também faz que alguns alunos percam a motivação e decidam que a formação profissional não é para eles.
As instituições de Ensino Médio e superior precisam trabalhar em equipe para garantir a formação contínua e que os alunos que concluem o Ensino Médio sintam-se preparados e entusiasmados para iniciar a própria formação profissional.
Uma forma de fazer isso é começar a traçar o perfil vocacional dos alunos e integrar disciplinas nos últimos semestres do Ensino Médio que podem ser revalidadas em uma série de carreiras universitárias do mesmo tronco acadêmico.
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3. Oferecer melhores programas e soluções para a mobilidade educacional
Sabemos que o mercado educacional está passando por grandes adaptações para se adequar ao “novo normal”. Devemos levar em conta que a educação virtual e a educação híbrida vieram para ficar.
Dessa forma, uma estratégia que a instituição de ensino deve implementar é oferecer soluções específicas de mobilidade educacional, ou seja, proporcionar que o aluno estude onde e quando quiser.
Podemos deixar como um exemplo o uso da Biblioteca Virtual, ou dar acesso para os estudantes ao Brightspace, uma plataforma de aprendizagem completa, inclusiva e com acessibilidade.
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4. Adaptar planos acadêmicos a projetos de alta relevância social
Poucas coisas são tão motivadoras para o aprendizado quanto o fato de observar se os conhecimentos e as habilidades que adquirimos realmente têm utilidade e impacto positivo em nossas vidas e em nossa comunidade.
A aprendizagem baseada em projetos, em qualquer uma de suas modalidades, mas principalmente com a metodologia de design thinking, não só oferece aos alunos uma valiosa experiência prática diante de problemas semelhantes aos que eles enfrentarão na vida real, como também lhes dá um propósito de trabalho que vai além do meramente econômico.
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5. Investir em tecnologia educacional
Por fim, não devemos nos esquecer de que a modernidade impõe a adoção de métodos de ensino mais eficientes e adaptados ao mundo real em que os alunos vão se desenvolver. Não só a fim de garantir a competitividade das instituições de ensino, mas também para estimulá-los a completarem o próprio processo educacional.
As novas tecnologias da informação – como plataformas de aprendizagem, salas de aula digitais, salas de aula inteligentes, simuladores de realidade virtual e, em geral, qualquer ferramenta que facilite o ensino, tanto presencial como remoto – representam uma enorme vantagem aos professores, mas também para que os futuros profissionais possam concluir seus estudos com menos inconvenientes de tempo, orçamento e distância.
Na Pearson Higher Education temos um grande compromisso com a formação profissional de qualidade às novas gerações de jovens na América Latina. Por isso, oferecemos à sua instituição um amplo leque de soluções digitais 100% pensadas a fim de que todos possamos contribuir para uma sociedade melhor.
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Referências
Ferreyra, Maria Marta (2017) Higher Education in Latin America and the Caribbean. Directions in Development. Human Development. World Bank, Washington. Extraido de: https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/26489
UNESCO (2020) Hacia el acceso universal a la educación superior: tendencias internacionales. UNESCO- IELSAC
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